Quique Flores. Pelo menos 3 pontos depois.

white corner field line on artificial green grass of soccer field

Com reflexão natalicia ou não, Quique Flores voltou com as mesmas ideias, relativamente ao sistema e ao modelo de jogo.

Tornou-o claro, quando na antevisão da partida na Trofa, afirmou “precisamos dos melhores jogadores para termos um melhor controlo do jogo”. Apesar de tal afirmação, e mesmo sabendo-se do castigo de Katsouranis, ninguém consegue perceber o porquê de um meio campo formado por Carlos Martins e Bynia. Juntar dois jogadores incapazes de fazer um simples passe, nunca pode ajudar.

Após a derrota, Quique referiu que a equipa iria mudar a sua forma de jogar. Não creio que as ideias de Flores sejam más. Apesar disso, por esta altura, Quique parecia ser o único a não perceber que as suas concepções, no contexto actual do SL Benfica e da Liga Sagres, não estavam a contribuir para o sucesso da sua equipa.

Após afirmar que o Benfica iria mudar, não posso deixar de pensar, que no mínimo o deveria ter feito com uma jornada de antecedência. Haveria melhor momento que a pausa natalicia, para ter ponderado seriamente nos progressos que vinham a ser feitos?

O melhor caminho, será, possívelmente, o salvaguardar das dinâmicas possíveis, enquadrando-as num sistema táctico mais seguro, que possibilite uma maior segurança defensiva, assim como uma melhor gestão da posse da bola.

P.S. – Quão injusto é considerar que os jogadores do Benfica têm denotado falta de atitude. Não tendo dados objectivos, creio que são eles, os jogadores da Liga que têm mais kms nas pernas. O que não é bom sinal, diga-se.
P.S. II – Sabia que os melhores anos da carreira de Reyes foram como avançado, ou como 2ndo avançado?
Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

7 Comentários

  1. o desastre do glórias, tem apenas um “culpado”. katsouranis.o grego n joga,a “barraca abana” ate metia dó de tanta água q aquele meio-campo metia..

  2. “…ninguém consegue perceber o porquê de um meio campo formado por Carlos Martins e Bynia.” Isto é toda a explicação para o resultado do Benfica na Trofa.

    No entanto, apesar de não ver com muita atençao todos os jogos do benfica, o benfica uma equipa que nunca se aproxima o suficiente da baliza. Carlos Martins, Suazo, Reyes, Di Maria, desperdiçam a posse de bola em remates ainda muito longe da baliza quando ha possibilidade de alguem o efectuar mais perto. Maxi Pereira é dos poucos que tenta levar a bola à area. Mas o maior defeito é o buraco que existe entre o meio-campo e a defesa encarnada, onde muitos adversarios conseguem jogar a vontade nesse espaço

  3. Não quero chover no molhado e bater mais no ceguinho. Até porque, mais do que as concretas causas do desastre de Domingo passado, interessam-me mais as razões profundas deste constante estado da águia: na corda bamba, eterno candidato a entrar em estado de choque. Creio mesmo que o clube só não estoura em mil centelhas porque os benfiquistas são um espelho perfeito do povo português: casmurros, crentes, saudosistas de um passado que não volta.

    Um clube vive do seu passado, da continuidade da sua História. Mas esse passado e esse seguimento de uma “cultura” muito própria não pode servir apenas para regurgitar glórias passadas. Um clube de hoje, os jogadores que hoje o representam, têm que se reconhecer nos jogadores de há 2, 4, 6, 8 anos. Tem que haver quem passe a “cultura”, a mística do Benfica. O que resta hoje ao Benfica do que foi nos últimos anos? Vejamos quem são os símbolos de um passado recente:

    Rui Costa

    O expoente máximo da história e do amor pelo clube. Mas é dirigente, mas só voltou em fim de carreira, perdeu muitos anos daquilo em que o Benfica se transformou. É a maior esperança do Benfica, mas estará a sua vontade à altura do engenho que as novas funções exigem?

    Nuno Gomes

    Um jogador em fim de carreira. Mantém-se no plantel para que a mística não desapareça de todo. Mas já se fala em futuro lugar na estrutura directiva, é um jogador que os novos colegas já antevêem à porta da saída.

    Moreira

    Quando devia ter sido aposta não o foi. As lesões não ajudaram. Um caso típico de uma eterna promessa.

    Luisão

    Está há bastantes anos no clube. E há bastantes anos que ele e o clube desesperam por uma proposta tentadora para que saia. Não me parece o transmissor ideal da mística benfiquista.

    Haverá quem diga que os grandes clubes estão invadidos de estrangeiros, que essa questão dos jogadores formados no clube é treta. Apenas dois exemplos claríssimos de dois clubes com história e glória, passada e actual:

    Barcelona – Xavi, Iniesta, Puyol, Valdés, Messi, Eto…

    Manchester United – Scholes, Giggs, Neville, Ferdinand, Fletcher, Van der Sar…

    Sem história recente, sem um fio condutor para que os novos não percam o fio à meada, as estrelas, por mais reluzentes que sejam, não trarão de volta o brilho à Luz. Valeu a pena deixar sair o Simão, desaproveitar o Nélson e o João Pereira? Por quanto mais tempo a formação do Benfica será um deserto árido e estéril?

    A bem do futebol português o Benfica tem que inverter esta história que lhe esgota e destrói a História.

    Um abraço,
    http://bolaseletras.blogs.sapo.pt/

    António Almeida

  4. Grande Capitão,

    compreendo tudo o q dizes, e há uns anos atras, a minha opinião era igual à tua.

    Neste momento, só acredito em duas coisas (e nenhuma é a “mistica”):

    Competência e Qualidade!

    grande abraço

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