No SL Benfica actual, ainda que possa ser difícil de perceber, as causas para o anunciado insucesso, não se prendem com o posicionamento Rúben Amorim, David Luiz, Aimar ou Maxi Pereira. Antes, com um sistema táctico e dinâmica de jogo, obsoleta para a realidade nacional.
Com o passar dos jogos, criou-se a ilusão de que bastaria Amorim ocupar uma das posições de médio centro e o SL Benfica mudaria para melhor. Criou-se o mito de que era por jogar com dois médios defensivos (Katsouranis e Yebda) que a equipa era incapaz de produzir no plano ofensivo. O próprio Quique parece ter-se convencido de que o problema estava nos jogadores. Só assim se explica o afastamento de Yebda, Katsouranis, entre outros e das imensas duplas de médios que já testou.
O Benfica vence em Setúbal, derrota o Maritimo e parecia ser consensual que havia melhorias. Claro. Quique Flores finalmente colocara Amorim como médio centro e Nuno Gomes ao lado de Cardozo. Como se o cerne da incapacidade deste Benfica estivesse nas suas peças.
Por vezes, no futebol há uma terrível incapacidade de ver para lá da montanha (dos resultados). Há muito que se percebera, que, dificilmente este SL Benfica, teria capacidade para ombrear com os seus rivais. Braga e Nacional são, incomparavelmente melhores equipas que o Benfica de Quique Flores, que se vai valendo somente das individualidades (que por terem tanta qualidade, conseguem disfarçar, amiúde, a total ausência de um colectivo forte e equilibrado).
É inconcebível que a quatro jornadas do término da Liga, uma equipa ainda não seja capaz de se manter coesa, com os sectores próximos e a participarem com iguais responsabilidades no processo ofensivo e defensivo. É inconcebível que uma época volvida o SL Benfica tenha uma transição ataque-defesa ao nível de um qualquer grupo de amigos que se reúne num domingo à tarde para jogar à bola.
Porém, mais grave que tudo isso, é ter um treinador que, ainda assim, nada altera.
Há 16 anos atrás, Toni foi bastante mais astuto que Quique Flores. Bastaria ocupar aquele espaço para incrementar a qualidade de jogo da sua equipa.
P.S. – As substituições, a par da escolha do 11 inicial, são, provavelmente, das tarefas menos importantes de um treinador. Pelo que, habitualmente, são pouco decisivas. Porém, ao minuto 55, substituir Katsouranis por Di Maria foi uma ideia absolutamente genial. Um minuto depois, dava frutos. Em cheio. Aguarda-se o dia em que Quim é substituído por Mantorras. Com o público em delírio, claro.
P.S. III – Desde o jogo em Belém, que não faz sentido ter Flores como treinador. O desfecho do que se seguiria foi sempre prevísivel. Prevísivel é, também, o que acontecerá na próxima temporada, se se persistir no erro.
P.S. IV – Custa admitir que Rui Costa, que sempre se destacou, entre outras coisas, por uma leitura táctica bestial, não perceba o que está mal neste Benfica.
Excelente leitura. É exactamente isso. Gosto especialmente do último PS.
mais uma vez sem garra, o quique não lhes consegue incutir espirito de vitoria, foi uma exibição ao nivel daquela contra o guimarães em que com 47000 espectadores não comeram a relva. enfim é o que temos…espero que o Rui consiga encontrar a melhor solução
BENFICA SEMPREEE!!!
Olá bom dia sou administrador dum blog sobre o fc porto em http://dragaomadeirense.blogspot.com e queria saber da possibilidade de fazermos parceira e publicidade.
Que achas da proposta?
Cumprimentos
danyro
o leo e que tem razao