Mais e Menos da Semana

white corner field line on artificial green grass of soccer field

MAIS

Aimar e Saviola

A exuberância de Di Maria e a capacidade finalizadora de Cardozo, até podem ser a face mais visível de tanto caudal ofensivo. Porém, é nas botas de Aimar e Saviola que tudo nasce. São de outra realidade. Extraordinária capacidade técnica e essencialmente táctica (na vertente da boa tomada de decisões. Os timings para prender, ou para soltar e para quem soltar a bola, são perfeitos). Os ataques rápidos conduzidos pelos argentinos são de uma qualidade incrível. Que prazer retiram do jogo, quando estão juntos…

MENOS

Domingos Paciência

Com as criticas proferidas a Jorge Jesus, percebeu-se que não entendia a realidade que encontrou. Não reparou que o ponto mais forte do Sp. Braga era o seu colectivo. Tal facto, para um treinador, deveria ser, no mínimo, confrangedor. Depois de na época transacta, ter vencido a Intertoto, depois de ter jogado de igual para igual, em Itália, com o poderoso AC Milan e no AXA com o campeão alemão, depois de ter vulgarizado uma equipa inglesa e de ter eliminado o campeão belga, o Sp Braga está a um pequeno passo de ser eliminado, ainda na pré-eliminatória, por uma qualquer equipa sueca.

Aguarda-se, com expectativa, o percurso na Liga.

MAIS OU MENOS

Colectivo do FC Porto

Em termos defensivos (apesar de um ou outro deslize pontual), o FC Porto denota um nível bastante elevado. Há boas individualidades (ainda que seja determinante que Bruno Alves não saia), e bons princípios colectivos. Porém, o processo ofensivo, à data, carece de boas combinações ofensivas, de boas soluções colectivas. Chegar ao golo é uma tarefa de todos (dos onze!) e não de dois ou três. Garantindo que Hulk, impressiona mais os adeptos que os treinadores, Jesualdo Ferreira demonstra perceber o que há para mudar. Como treinador competente que é, acabará, provavelmente, por conseguir criar uma ideia colectiva, que não existe (desde a partida de Lucho e Lisandro), para o ataque. Não o fazendo, Hulk até poderá ser vendido por 40M. Chegar aos troféus é que será mais complicado.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

2 Comentários

  1. PB…Aimar e Saviola são de facto de outra realidade. A mim diverte-me mais ver estes dois jogar que o meu Sporting. E isto é que me fo%& no Paulo Bento…é o chamado anti-tesão do futebol…tira a alegria de ver um jogo de futebol…

  2. Ver Aimar e Saviola é um prazer. Os dois entendem-se às mil maravilhas e grande parte do que o Benfica fará de bom esta época advirá desta sociedade. Aliás, já era tempo das pessoas começarem a olhar para estas pequenas sociedades entre dois ou três jogadores dentro de uma equipa para perceber coisas. A forma como eles se entendem confere ao colectivo uma arma extraordinária. O ano passado, por exemplo, a maior arma ofensiva do Porto foi a sociedade entre Lucho e Lisandro. Se olharmos para o Barcelona, a ideia parece ser a de formar sociedades deste tipo a todo o instante, em que um jogador confia no colega a 100%. Há quem se divirta sozinho, a fazer malabarismos com a bola ou a tentar resolver as coisas por si. Aimar e Saviola divertem-se a trocar a bola entre eles e percebem que, ao fazê-lo, resolvem coisas que sozinhos nunca resolveriam.

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