Não pense, contudo, que o propósito do texto é desvalorizar o espanhol. Já aqui foi referido. Javi é fantástico em tudo o que faz. A par de Fernando é o melhor médio defensivo da liga.
Se porventura, pensou que pelas suas qualidades, quase únicas, Javi Garcia seria insubstituível, enganou-se.
Se Javi tem sido o centro de todo o futebol (processos defensivos, e também ofensivos) do SL Benfica, tal facto deve-se, não só à sua imensa qualidade, mas também ao facto de o modelo de jogo preconizado por Jesus, assim o definir. O principal atributo para a posição, é a cultura táctica. A capacidade para perceber o jogo, para restabelecer os necessários equilíbrios. Para perceber quando deve sair à bola, quando deve juntar à linha defensiva.
Rúben Amorim, possui todas estas qualidades, pelo que as diferenças, no rendimento colectivo, jamais se fariam notar de forma muito nítida.
Não conclua, no entanto, que para o SL Benfica, é indiferente ter Javi ou Rúben a ocupar a posição seis. Se as diferenças não são tão grandes, quanto o que o adepto comum suporia, é inegável que Javi ganha nos extras.
Garcia supera Amorim em termos morfológicos. Por ser mais alto, no modelo idealizado por Jesus, Javi é o jogador encarregue de disputar a primeira bola, quando o adversário sai a jogar em pontapé longo. A sua altura, torna-se também benéfica, nos momentos em que integra a linha defensiva. Pequenos pormenores que acrescentam algo mais, mas que não impedem a equipa de ser igualmente forte na sua ausência.
P.S. – Jogadores verdadeiramente insubstituíveis no SL Benfica? Aimar e Saviola pela enorme relevância que assumem em todos os momentos. Cardozo pelos seus atributos únicos e Ramires, pela importância que a sua velocidade e cultura táctica assume nas transições. Essencialmente na defensiva, ainda que seja a forma como aparece em zonas de finalização, na transição ofensiva, que lhe dá maior notoriedade.
Foi das coisas que mais me despertou curiosidade para este jogo.
Acho que o adversário também ajudou a que as coisas tivessem corrido bem para o Ruben.
Uma Académica a procurar jogar futebol "á seria" é diferente de uma equipa que apostaria no jogo directo e pelo ar.
Ai, as diferenças morfológicas entre os 2 iam fazer-se sentir mais.
Agora.. bolinha no pé, podemos estar descansados que o Ruben sabe e muito bem o que fazer. Tanto quando temos a bola, com boas opções na maioria das situações, como a definir tempos de pressão.
Impressionante como se conseguia sair de bolsas de pressão hoje, só quando a bola começou a prender na relva é que ficou mais dificil, mas principalmente na primeira parte, ali pertinho de mim, foi uma maravilha ver combinações indirectas "dos livros" a tirarem a bola da pressão.
Faz lembrar aqueles exercicios de posse de bola 4v3 num quadrado de 20×20 e após 5 passes variar a bola para outro lado.
Podemos confiar 🙂
Custa-me acreditar que Javi García seja igual a Fernando. Javi Garcia é completamente sozinho o melhor trinco da liga. É insubstituível na equipa do Benfica, seim. Não desvalorizando as qualidades de Rúben Amorim, mas nesta altura parece-me que não arranja lugar na equipa do Benfica.
Javi García tem tudo o que um trinco precisa. É agressivo, entraga bem a bola, joga bem de cabeça etc…
Ontem no jogo com a Académica e com o estado do relvado era difícl trocar a bola no meio campo e aí era preciso um Javi García para as recuperar. Se calhar com a Académica não foi preciso mas quando for os jogos com o Porto vamos precisar do Espanhol para aproveitar as defeciências nas trancisões ofensivas do Porto. Contudo acho que o Javi García foi a maior surpresa da Liga Sagres.
Benfica 4ever!
Javi mete Amorim, Yebda e Fernando no bolso!