Ilído Vale, claro.
Quando na saída de bola vemos os centrais a 5,6 metros um do outro (bastando para tal um único adversário para tapar a saída a dois jogadores), e os laterais na mesma linha dos centrais, a receber a bola junto ao vértice da grande área (onde devia ser o central a receber), não nos dá hipótese de o colocar de outra forma. Ilídio é um susto de treinador, e percebe-se que não trabalha tacticamente.
A segurança de Mika, a inteligência de Cédric, a sobriedade de Reis, o génio de Caetano, e a potência e capacidade de finalização de Nelson Oliveira, são tudo o que de bom se pode ver na selecção. Três passes consecutivos já seria um recorde. Do meio para a frente e exceptuando Caetano parece que ninguém se preocupa em trocar e preservar a bola. Nelson tem laivos de egoísmo. Nada se lhe pode apontar, porém. Quando a equipa joga quase a 70 metros de si(relembre os laterais tantas vezes na linha dos centrais, aquando da posse), nada lhe resta para além de si próprio.
Numa era em que se percebe que no futebol, todos devem ser responsáveis por tudo, Ilído não pensa assim, e continua a utilizar jogadores que servem somente para correr e atemorizar (Mário Rui não bate só na sombra. Até a bola o menino espanca).
As exibições de Portugal foram todas um zero, e percebe-se facilmente que não há um minimo de qualidade táctica (particularmente no momento ofensivo) na equipa. Tão fraca figura faz-nos questionar o critério que é seguido nas contratações da federação. Todavia, talvez já o devessemos ter questionado, quando há quatro anos foi Couceiro que nos levou ao Canadá.
P.S.- Vale a pena, contudo, perder tempo a ver o próximo jogo. Luque, número vinte da Argentina, dois anos mais novo que a quase totalidade dos jogadores portugueses, valeria até o preço da viagem até à Colômbia.
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