Todo o texto será, quem sabe, e como tantos outros, um exercício meramente especulativo. O autor não conhece pessoalmente Rinaudo, e especula com base no que lhe foi permitido ver no jogos de pré temporada.
“Enorme reforço pelo jogador que é, e o homem que aparenta ser.” in Lateral Esquerdo, 8 de Agosto de 2011.
Em Portugal a cultura desportiva é inexistente. O clubismo tolda a mente de todos, o que é algo perfeitamente natural e compreensível. Todavia, com um pequeno esforço de todos, o clubismo não teria de viver em oposição à tal cultura desportiva.
Isto a propósito do epíteto de trauliteiro que Rinaudo rapidamente adquiriu em Portugal. Associar maldade ao comportamento do argentino em campo, é por si só um exercício de uma maledicência notável.
Rinaudo certamente que será amarelado inúmeras vezes, e muito provavelmente todas justificadas. Poderemos até vê-lo sair mais cedo de campo, após um cartão vermelho. Terá, obviamente, de moderar a sua impetuosidade, mas que nunca se associe o seu comportamento a maldade. O argentino é um vencedor. Os vencedores são perseverantes, obstinados. São esses os traços da sua personalidade que lhes permitem exercer uma forte liderança sobre os colegas e sobre o próprio jogo. Mas, são sempre leais.
“Aqui na Argentina havia árbitros que no final dos jogos pediam-lhe a camisola. Gostavam dele e isso mostra bem como é correcto em campo. Só assim se justifica que os árbitros o respeitassem tanto”. Pai de Rinaudo ao Jornal A Bola.
P.S.- O que não falta no futebol português são lobos vestidos de cordeiros. E é curioso como tão raras vezes são esses o alvo da maledicência dos adeptos.
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