“O Belenenses criou-nos muitos problemas na primeira parte até percebermos como estavam a defender” Jorge Jesus;
“O Belenenses fez um jogo inteligente” Gaitán.
Ponto prévio. Pessoalmente sinto-me bastante mais confortável a trabalhar e a jogar em 4x3x3 que em 4x4x2.
A mensagem que se tentou passar em posts mais recentes era a de que nunca um sistema táctico pode ser causa para vencer ou perder um jogo. Mas sim a sua dinâmica. Ao contrário dos chavões habituais do com tal sistema fica-se em inferioridade aqui ou ali. Com tal sistema não podes ganhar aqui. Com tal sistema podes ganhar ali.
O jogo é um conjunto indeterminado de situações de jogo variadissimas. Quantos contra quantos? (6×8+GR; 7×8+GR; 3×2+GR, etc etc) E todas as situações têm formas mais eficazes de ser resolvidas. Quando atacas, estás mais próximo do golo com bola no corredor central enquadrado com a baliza. Mais próximo contra menos adversários atrás da linha da bola. Mais próximo se consegues chegar entre sectores do adversário (entre defesa e meio campo, mais perto do golo, que entre meio campo e avançados, por exemplo). Quando defendes há uma forma melhor de defender com um, com dois, três, quatro, cinco, etc atrás da linha da bola. E o que importa, independentemente do sistema táctico é a interpretação que cada jogador integrado num colectivo faz da situação de jogo, e a forma como reage posicionalmente e na decisão (no caso do jogador com bola) à situação.
O que realmente importa são as respostas que movendo-se em conjunto os jogadores dão, perante a situação de jogo (número de colegas e opositores).
Posto isto, fica uma curiosidade. O líder da Liga portuguesa, bem como todas as equipas sensação da prova (Belenenses, Guimarães e Paços de Ferreira) jogam em 4x4x2. Tal não reflecte de forma alguma a superioridade de um sistema. É apenas uma curiosidade. Sensação sobretudo pela boa dinâmica que Rui Vitória e Paulo Fonseca incutem tacticamente nas suas equipas.
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