O número 10 no Azerbaijão

Pelo número reduzido de jogos observados, no Euro Sub17, não foi possível fazer uma análise mais extensa a todos os jogadores de todas as equipas. Sendo que do Grupo C, só foi observado um jogo. Por isso fica aqui uma pequena lista daqueles que considero o Top3, tendo em conta o que consegui ver.
Brahim Díaz, o número dez espanhol. Qualidade técnica ímpar. Velocidade de execução, agilidade que lhe garante facilidade nos espaços reduzidos, condução de cabeça levantada, drible, velocidade. O que mais me impressionou nele é o facto de ser tão melhor que os colegas (neste momento), tão mais adiantado, que poderia desequilibrar o jogo todo sozinho, mas não. Opta constantemente por decidir bem, esteja no corredor lateral, no corredor central, dentro ou fora do bloco. Mostra competência para jogar em qualquer posição do ataque, e como médio ofensivo. A forma como procura constantemente associar-se aos colegas para ultrapassar adversários, as decisões dentro do bloco de costas para a baliza, foram notáveis.
Sam Schreck, o número dez alemão. Poderia passar despercebido pelo menor tempo de exposição que teve, e pelo seu perfil de jogo. É discreto, mas incrivelmente maduro. Não faz a dois toques o que pode fazer a um, segura apenas se for necessário. Faz a equipa jogar, a bola correr. Criativo nos espaços reduzidos, e com a qualidade técnica do novo futebol alemão. Dá as linhas como deve, onde deve, quando deve. É incrível a qualidade de futebol que ele já tem, tendo em conta a tenra idade. Já joga o futebol dos adultos.
Domingos Quina, o número dez português. Muita qualidade técnica, e atributos físicos bem acima dos colegas (neste momento). Tem agilidade, e velocidade, mas chama a atenção pelo toque de bola distinto. Pouco confortável a jogar dentro do bloco, mas com características técnicas e agilidade que o favorece nesse espaço. Nota-se que prefere receber de frente a jogar de costas com a possibilidade de ser pressionado por todos os lados. Mais fora do que dentro, impressiona porque não usa do seus atributos físicos para desequilibrar. Poderia ser visto em condução, a tentar quebrar linhas, porque tem essa possibilidade e certamente teria muito sucesso. Mas procura e privilegia o passe para receber em melhores condições, em zonas mais adiantadas, de forma mais segura. Tecnicamente faz o que quer, e tem uma capacidade de remate assinalável. Com a qualidade que tem poderia pensar-se que não é um jogador que se dá à equipa nos momentos defensivos, mas o ele vai buscar a bola tão depressa quanto a pede. Joga os momentos todos.

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