A transição em 442

Em tempos Jorge Jesus afirmou ser o 442 o verdadeiro sistema táctico de clube grande.

Na verdade todos os sistemas poderão ser de grande ou de pequeno. Muito depende da dinâmica que se incute. O 442 surge como o sistema mais utilizado na Europa nos últimos anos, quem sabe se não, sobretudo porque defendendo um pouco mais baixo e com sector médio próximo do defensivo é possível não se sentir qualquer inferioridade no centro do terreno, e após cada recuperação, ter dois jogadores na frente permite uma transição ofensiva bastante mais perigosa.

É comum em organização ofensiva envolver-se lateral do lado da bola. O que significará que após cada recuperação há um espaço vazio passível de ser rapidamente explorado. Espaço onde será fácil para o avançado cair e receber, chamando assim central adversário. Qualquer avançado rápido e com qualidades no 1×1 terá assim possibilidades para depois de quebrada contenção chegar em vantagem numérica à área adversária já para fixar o central do lado oposto e tocar em quem fica livra.

Mais do que um sistema que permite envolver muita gente em organização, também em transição com as ideias e movimentos certos, é passível de explorar com perigo cada saída em ataque rápido.

 

Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

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