De onde Jesus começou a perder, iniciou Rui a sua Vitória. E Gonçalo Guedes.

Beneficiou em termos defensivos de ter o Gonçalo Guedes, que é um miúdo que não pára de correr. Mas corre com critério. Compensa sempre a saída de um dos quatro da linha média e ajuda muito aos equilíbrios da equipa na construção adversária

No podcast mencionava a importância de Gonçalo Guedes no momento defensivo do SL Benfica. Uma disponibilidade incrível para se dar ao jogo, sempre a condicionar toda a construção adversária aquando da organização defensiva encarnada.

Agora por imagens e por escrito reforçando o que transmiti oralmente.

Faz Kms e Kms a sair ao central quando o portador é o do seu lado, e nunca descura o regresso para entre a linha média e o ponta de lança, condicionando médio defensivo adversário. Importante também a qualidade que apresenta no timing de saída ao portador. Espera pelo aproximar de Mitroglou e só depois de garantida a sua chegada e impossibilidade de a bola entrar dentro entre linhas (avançada e média) sai para pressionar.

Tanto se falou da influência de Weigl e na forma como mal preparado, o Sporting e Jorge Jesus foram “engolidos” logo na construção adversária.

O adversário que enfrentou o SL Benfica era sobejamente mais fraco. Mas, beneficiaram os encarnados de uma melhor preparação, e de maior disponíbilidade de um dos seus avançados para o momento defensivo.

Foi precisamente onde Jorge Jesus começou a perder o jogo, que Rui Vitória o começou a ganhar. Controlado o Dinamo em organização ofensiva, bastou conceder-lhe menos lances para sair em transição e metade do caminho estava feito.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

6 Comentários

  1. O problema é que depois no momento ofensivo é o jogador do Benfica (das 4 posições mais ofensivas, alas e avançados) o que menos oferece.

  2. O Guedes ofensivamente tem sido dos que mais oferece… e alias, neste momento é praticamente o único jogador que tem conseguido receber bola dentro do bloco adversário e ter eficácia em movimentos de rotação com a mesma.

    O Problema do Guedes é a definição algumas vezes, nos últimos 20 metros… ultimo passe, ultimo remate.

    De resto… em tudo o que engloba o jogo de um colectivo, é já aos 19 anos um jogador muito forte… e com um nível de agressividade e intensidade muito bom.

    Quando se tornar mais efectivo no que falei.. é quando dará o salto… e nesse momento passa a ser um jogador de selecção A, e com capacidade para um Grande numa liga mais forte.

    Por enquanto ainda é cedo.. Mas, mesmo assim tem uma utilidade enorme para o Benfica e grupo… e estes miúdos das equipas B.. não precisam de ser jogadores feitos!!! Muitas vezes têm que ser apenas isto… jogadores úteis.. capazes de irem evoluindo.

    E com isto muitas vezes se tornam mais úteis do que possíveis “estrelas” vindas de fora.. e é isto que alguns técnicos portugueses ainda não perceberam… especialmente o Jesus.

  3. O que o Guedes faz defensivamente faria qualquer pessoa inteligente, fazia—o eu fazias—o tu e muitos jogadores profissionais, as dinâmicas defensivas do Benfica estão bem definidas e o jogador “só” tem de as respeitar. O problema do Gonçalo é técnico, é limitado tecnicamente, e nisso não parece que vá evoluir o suficiente para ser um jogador mais do que mediano. Ok, podem mostrar uma boa desmarcação, um bom cruzamento mas no todo é pouco.

    Ah e em 700 minutos 1 golo e oferecido por um defesa adversário é muito pouco para um avançado de tamanha qualidade!

  4. Acho que o jogo de Nápoles – onde para mim o André Horta fez um jogo interessante mas trabalhou mal na movimentação defensiva – também pode ter servido de lição. Assim espero. E o Kiev é bem mais fraco, o que também ajuda.

    Quanto ao Guedes gosto muito. Muito trabalho, conduz bem, combina bem, assiste, finaliza, tem qualidade técnica. Comete erros e é um bocado atrapalhado, às vezes, e depois? Só tem 19 anos. Está óptimo.

    • «Muito trabalho, conduz bem, combina bem, assiste, finaliza, tem qualidade técnica. Comete erros e é um bocado atrapalhado, às vezes, e depois? Só tem 19 anos. Está óptimo.» É isto pois! Quantos tipos de 19 anos andam por aí a “errar” como Guedes erra?

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