Decisões. Quando o FC Porto construiu, criou mas não finalizou um destino diferente.

Decisões. Cada momento é uma decisão. Daí a importância da tomada de decisão no jogo moderno. Nem tudo o que mais se valoriza aproxima a equipa do golo. E tantos são os toques aparentemente inofensivos que proporcionam condições de sucesso a todo um grupo.

No Restelo passavam pouco mais de vinte minutos desde o início da partida, e o FC Porto iria conseguir criar o melhor lance de todo o jogo. Depois de bola recuperada e encaminhada para o corredor central, decisões quase sempre a explorar a verticalidade, porque assim pedia cada situação. Em vinte segundos e sempre bastante objectivo, o FC Porto vai de recuperar até uma finalização fácil.

Decisões simples e assertivas que não tomadas teriam levado a um desfecho diferente.

  1. Corona toca na cobertura permitindo a equipa subir metros;
  2. Maxi Pereira toca dentro, permitindo a equipa sair pelo corredor central;
  3. Felipe procura o apoio frontal porque sente que há proximidade do 2o avançado azul com Danilo;
  4. Otávio identifica Danilo em condições óptimas (de frente para  o jogo, sem pressão e / ou contenção e com espaço);
  5. Danilo entrega simples e muito bem. Vertical, parte logo o ataque em 4×4 para 50 metros de profundidade;
  6. Jota poderia ter decidido diferente. Afasta a bola do corredor central, quando dava perfeitamente para enquadrar e ir fixar;
  7. Corona corrige, conduz para dentro para aproveitar movimentos de ruptura a saírem de todo o seu redor (Óliver à esquerda, Jota à direita);
  8. A péssima decisão de Oliver a condenar um golo que parecia certo. Perde tempo para finalizar em 2×0, e posteriormente em 2×1 com linha de passe já pouco clara, não finaliza, procurando um passe cujas condições de sucesso eram bastante inferiores ao que encontrou um milésimo de segundo antes.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

1 Comentário

  1. boas. Reparei nisso também. Acham que o Porto tem falta de maturidade? Já no jogo de hoje notei em ataque que faltava movimento de aproximação ao portador mantendo se todos subidos juntos aos centrais adversários, dando consequencia a rotações de bola na defesa e chuveirinho na tentativa de ganhar uma bola junto do golo. Isto já me parece mais tático.. já agora, o Olivier está mais fraco ou é de todo o momento da equipa? Aquela indecisão dele no golo não deu com nada. Cumps

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