Ligar o jogo ofensivo com o defensivo. Modelo de Jorge Jesus.

É nos dias de hoje impensável aquando da idealização de um modelo de jogo, não acautelar devidamente tudo o que poderá ser menos aleatório no jogo. Considerar as variáveis todas, para tomar decisões em função destas.

No modelo de Jesus, todos os posicionamentos são definidos ao mais ínfimo pormenor. Os comportamentos posicionais são repetidos até à exaustão. Comportamentos pensados pelo treinador leonino, ordenados para que tenham a lógica que Jesus encontra no jogo.

Não pensa o momento ofensivo sem colocar a si mesmo a cada instante a questão. E se aqui perdemos a bola? Onde estará cada um dos jogadores, para que possam o mais eficientemente possível assegurarem os comportamentos defensivos adequados? Seja pressão na transição de quem está no centro do jogo, ou seja, o voltar a fechar a equipa de quem está mais longe.

De facto, quando se constrói o modelo, há que constantemente prever o que sucederá após perda ou recuperação em cada situação. Só assim se conseguirá ligar todo o jogo, e ter uma equipa preparada para enfrentar menos caos que o habitual.

As opções ofensivas de Jorge Jesus relacionam-se com as defensivas. E as defensivas, relacionam-se com as ofensivas. Seja em que fase (construção / criação / e até a da finalização) for.

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Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

3 Comentários

  1. No momento do 2×4, o jogador do Boavista não deveria tocar de primeira para o corredor central, apanhando a equipa do SCP desposicionada?

  2. Tecnicamente não seria um gesto fácil para o jogador do Boavista. Na minha opinião muito arriscado perante a qualidade técnica do jogador.

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