Curtas do derby

  • Sporting globalmente superior. Melhor em organização ofensiva e defensiva. Bloqueou completamente a construção adversária, ao ponto de tornar Ederson o jogador mais em foco ofensivamente do SL Benfica. Na sua construção, preparou uma saída a três usando Rui Patrício, mantendo William mais adiantado, criando dúvidas, obrigando a baixar pressing do Benfica, contornando-o;
  • Rafa. Um verdadeiro prodígio. A natureza do jogo não lhe deu bola. Das poucas vezes que a teve criou os melhores lances do Benfica no jogo. Uma capacidade de desequilíbrio incrível, pela forma como contorna adversários a grande velocidade, sempre na direcção da baliza adversária. Estabilizando na equipa será sempre um candidato muito grande a melhor jogador da Liga;
  • Gélson. Mais bola, e sempre a criar dificuldades. Aumenta o critério a cada partida que joga. Mesmo que não desequilibre sempre, e fá-lo inúmeras vezes, não soma perdas. Está a crescer a olhos vistos. Na Luz foi o grande protagonista do Sporting;
  • Dost e Raul. O holandês num dos seus melhores jogos. Foi participando fora da área, e impressionou pelo número de vezes que na área chegou à finalização. Raul, pouco critério e muita correria fora da área. Porém, tal como Dost movendo-se na grande área, tem mil movimentos e qualidades a finalizar. Perfis muito diferentes, mas ambos muito fortes a atacar as zonas de finalização;
  • Nélson Semedo, a somar o pior jogo da época. Nunca se impôs defensivamente. Sempre com dúvidas e dificuldades. Com bola nunca quis sequer ter o protagonismo de jogos de menor nomeada. Quando o quis não teve o grau de acerto habitual;
  • Guedes traz na transição o que se percebeu no lance do primeiro golo. Mas, nos jogos grandes, usá-lo no corredor central retira critério e naturalmente bola ao SL Benfica. Jogar com muitos “corredores” faz o Benfica ser uma equipa de “solavancos” ofensivamente. Sem um jogo pensado, mas antes um jogo que espera o erro adversário para ir na transição na “cavalice”;
  • Jogo muito próximo daquilo que foi previsto que seria no podcast. Equipas com menos confiança e mais pressionadas, menos dispostas a sair com qualidade de zonas que tantas vezes jogadores e treinadores consideram “perigosas”. Sporting bem preparado colectivamente para ter mais bola.
Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

11 Comentários

  1. Maldini, não achas que desta vez o Guedes e o Raul estiveram melhor a dificultar o inicio da construção do adversário? Pareceu-me que enquanto o Guedes esteve em campo o William teve muito menos bola e a que teve foi em piores condições.

  2. Boas, não costumo comentar por aqui, mas sigo o vosso trabalho. Gostaria de me tornar um dos patronos e, como tal, tenciono mandar mail em breve para as infos.
    Agora a parte gira, não acharam interessante a forma que a equipa técnica do Benfica, para quem prespetivei pouco sucesso aquando do arranque do campeonato passado (ups..), arranjou para evitar o (agora) comum lançamento lateral para a área? Aproveitar a altura e confiar na decisão de atacar a bola ou voltar para o ninho do Ederson. Nunca tinha visto e achei interessante. Na segunda parte, os lançamentos do Sporting foram mais condicionados. Claro que não estamos a falar de jogo jogado, mas é muito porreiro porque tira pelo menos uma arma ofensiva ao adversário.

    • conversei com o Blessing sobre isso. Resultou mt bem. Mas tenho duvidas se daqui para a frente… com equipas preparadas se n poderá dar confusão… colocarem ali gente ao redor do Ederson para não o deixar regressar à baliza… e qq encosto ali fora da peq área n é falta… e ficas c gr no chão e bola a rolar!

      Tb fui surpreendido com a decisão q resultou mt bem.. mas preciso de ver e pensar mais sobre isso para concluir que é bom… sobretudo qd n surpreender…

      • Sim, faz todo o sentido. Eu agora não tenho presente e com certezas o posicionamento do Ederson, mas se ele se colocar no bico da pequena área, as contrariedades que referiste não poderiam ser atenuadas?
        De qualquer modo, concordo, ver mais e depois concluir.
        Obrigado pela resposta, um abraço!

  3. Boas, com todo o crédito que o treinador do benfica e sporting merecem, a situação do Ederson já era utilizada pelo Schmeichel.

    • Boas, como referi, nunca tinha visto… Muito por culpa de, consoante a escala, ainda ser verdinho (24). E na época do dinamarquês, só via os golos quando passavam no telejornal 🙂
      De qualquer modo, obrigado pela informação. Fica registado!

  4. PB, quando dizes “Bloqueou completamente a construção adversária” sobre o Sporting, quanto achas que influencia as 26 faltas que estes fizeram, nesse aspecto do jogo? Qual é a tua visão sobre usar as faltas para também condicionar o adversário?

    • Creio q surgiram mais p travar as transições. N é algo novo nas eq de JJ onde ate as zonas, condições e momento p fazer as faltas estao +- definidas…

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