Rafa Silva. O homem em foco no derby.

Pouquíssima bola teve Rafa Silva. Fruto das incidências do próprio jogo, ou da estratégia que Rui Vitória adoptou. O próprio treinador confirmou nas suas declarações o porquê de lançar Rafa de início no derby. A diferença que faz no último terço.

Ofensivamente, o Benfica foi muito do que Rafa conseguiu ser. Pouco. Mas, quando a bola chegava em boas condições, saía desequilíbrio.

Não terá sido o melhor em campo. Pela pouca participação que toda a sua equipa teve, e sobretudo porque foi quase sempre solicitado em condições deficientes. Porém, quando bem solicitado demonstrou o que por cá se refere sobre Rafa há bem mais de um ano. É um prodígio. Talento e qualidade de decisões. O mais capaz da liga para criar desequilíbrios pela forma incrível como vai contornando adversários, fugindo até aos contactos que lhe vai permitindo até evitar as “faltas úteis” da equipa adversária.

Quando, se, juntar Grimaldo a Rafa, com Jonas a aparecer para ajudar a ligar o jogo na zona de criação, muito promete o Benfica ofensivamente.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

16 Comentários

  1. Concordo com tudo e acrescento: Rafa se conseguisse finalizar metade do que cria era o melhor jogador em Portugal. Inacreditável o que jogo após jogo cria e não consegue finalizar

    • vai crescer mt nisso. é mt novo. chegou tarde a um grande. mesmo assim na época passada já passou a dezena de golos.. este ano tb passará

      • Nao sei se passará porque a época ja vai quase a meio: Era o mesmo que marcar 20 numa época, mas dito itsto, nao me assusta que o faca porque tambem acho que vai melhorar na finalizacao: aparecer mais vezes, melhor colocado, mais na frente, etc

      • Sim, já faz muitos golos, e bem trabalhado (como de certeza será), vai ser um mini-Messi no nosso campeonato.

        Aquela sobre o Coates… coisa linda.

      • Será que podiam fazer um novo post sobre o Rafa? Intitulado o estranho desaparecimento de Rafa Silva? Como se explica este desaparecimento?

  2. Isso é partindo do princípio que RV sabe gerir um balneário. Pois a época passada serviu para demonstrar que não.
    Passo a explicar. Foi precisamente quando a (relativa) onda de lesões não tinha começado que RV se viu na sua pior situação. Tendo um plantel com mais opções de banco do que as que JJ teve na sua última época de Benfica, RV fazia aquilo que, mesmo hoje, muito adepto do Benfica continua a criticar: punha sempre os mesmos a jogar. E os resultados teimavam em não aparecer. Mas assim que veio a onda de lesões, digamos que acabou por ser uma bênção disfarçada para RV. Não tendo muitas mais opções, tinha que jogar com aqueles. E, dessa forma, poderia gerir melhor os humores do balneário.
    Chamem-me louco se quiserem. Mas acho que quando RV tiver todos disponíveis é que vai começar a grande dança. Por vezes, ter muitas opções de qualidade pode vir a ser o grande calcanhar de Aquiles, se acaso estiver um treinador pouco assertivo a geri-lo. Pelos motivos que já apontei, RV não é esse treinador.
    Marquem já as minhas palavras!

    • Isso não passa do exemplo de “wishful thinking”, algo tão típico dos simpatizantes de outros clubes quando falam no Benfica.
      Se o Benfica não tivesse tantos lesionados, quase uma equipa de titulares, não teria perdido o jogo da Madeira e nem sequer o jogo com o Nápoles. O facto de ser obrigado a jogar sem os melhores jogadores durante 3 meses, limitou o jogo da equipa até em termos físicos e só agora começamos a ver os melhores jogadores a voltarem e a integrarem-se não apenas fisicamente.
      Quando voltarem Jonas, Jardel e Grimaldo em forma a equipa do Benfica irá dar um salto qualitativo significativo.
      Irá ser um problema agradável para RV que lhe irá facilitar a vida. Como é possível dizer que ter os melhores jogadores prontos para jogar se torna num handicap? Típico “wishful thinking”.
      RV é muito bom treinador e sabe muito de futebol. Hoje provou isso. Ganhou a batalha táctica ao JJ.
      RV não tem nem nunca teve problemas com os humores do balneário. Outra invenção porque é isso que acontece noutros clubes que todos sabemos quais são.

      • Joe Mancini, tu é que deves estar com “wishful thinking” e não é pouco… o Benfica tinha quase uma equipa de lesionados contra o Marítimo e Nápoles? É preciso ter uma grande imaginação para dizer isso, parabéns.

    • Ricardo:
      Sabes que essas teorias já tinham sido utilizadas para explicar a conquista de títulos no Benfica, mais concretamente o título de 13/14, com o JJ.
      Na altura, segundo alguns “especialistas” de TV, as lesões de Sálvio (a primeira lesão nos ligamentos cruzados) e Cardozo tinham sido as responsáveis pela melhoria da equipa do Benfica pois tinham permitido a entrada no 11 do Markovic e do Rodrigo.
      Portanto, há uma verdade indesmentível: no Benfica não há, nunca houve e nunca irá haver treinadores de qualidade. Os que têm sucesso é fruto das contingências e acasos próprios do destino, do karma, se quiseres.
      Assim como RV não percebe nada de futebol, é sim “um grande condutor de homens”, percebes?
      Grande abraço!

  3. Grande jogador. Ainda a precisar de mais tempo de jogo para conhecer melhor os colegas e melhorar ainda a sua prestação e interação.
    O seguinte 11 em Portugal é um sonho, ao nível do melhor que passou por cá nos últimos 10 anos – criatividade/inteligência, qualidade técnica e vontade para jogar.
    Ederson; Semedo; Lindelof, Jardel, Grimaldo, Fejsa, Horta, Pizzi, Cervi, Rafa, Jonas. Podendo entrar Mitroglou para o lugar do Horta. Um banco com: JCésar, Almeida, Luisao, Samaris, Danilo, Sálvio, Jimenez também de qualidade.

    • Acho que é mais onde encaixar Rafa. E a resposta não andará muito longe de “em todo o lado”.

      Falando em termos de jogo jogado, acho que o Sálvio deveria estar com mais medo do regresso de Rafa (e quiçá Jonas) do que qualquer outro jogador. Infelizmente parece que o Sálvio tem um RedPass modalidade “relvado” e é complicado sair sem ser por lesão…

  4. No 1º lance nada a apontar, fantastico passe. No 2º lance quão melhor nao seria soltar mais cedo, o Gonçalo Guedes teria espaço para finalizar sem grande dificuldade. E no 3º dps de contornar de forma fantastica orienta para a linha de fundo perdendo angulo de remate…

  5. Gostava que fizessem um post acerca da deficiência gritante do(s) treinador(es) do Benfica sempre que a equipa adversária faz mexidas tácticas no jogo.
    Foi evidente que depois da entrada do Campbell o Benfica andou perdido, e o mesmo já tinha acontecido com a entrada do Mertens na Quarta ou mesmo com as mexidas do Peseiro no Benfica-Porto do ano passado.
    Pode ser muito bom condutor de homens e bom no processo de treino, mas o Rui Vitória acrescenta muito pouco em termos de percepção do jogo e da adaptação aos abanões dos adversários.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*