Os problemas do FC Porto em Paços e as ideias de Rúben Neves e Óliver Torres

Paos de Ferreira, 07/01/2017 - O Futebol Clube Paos de Ferreira, recebeu esta noite o Futebol Clube do Porto, no Est‡dio Capital do M—vel em jogo a contar para a 16» jornada da I Liga 2016/2017. Rœben Neves ; Vasco Rocha (F‡bio Poo/Global Imagens)

Voltaram a surgir as dificuldades do FC Porto, para ligar as diferentes fases do seu jogo ofensivo.

Frente ao Paços, de Vasco Seabra, foram evidentes as lacunas portistas. Com Óliver Torres sobre a esquerda e Rúben Neves sempre muito bem condicionado, a construção dos dragões foi, salvo raras exceções, feita de forma longa e direta.

Destaque para a forma inteligente como o Paços de Ferreira limitou a ação de Rúben Neves ao mesmo tempo que, através das ações de Welthon, levou os centrais para zonas mais exteriores.

Sempre que Óliver Torres ou Rúben Neves, conseguiram participar na fase de construção, a equipa melhorou. As ideias e os caminhos percorridos foram outros: a procura pelo espaço interior aumentou e a capacidade para ligar por dentro e servir os companheiros entre-linhas, também.

 

Sobre Bruno Fidalgo 83 artigos
Licenciado em Ciências do Desporto. Criador e autor do blog Código Futebolístico. À função de treinador tem aliado alguns trabalhos como observador.

16 Comentários

  1. O NES devia ter compreendido que a construção usando o Rúben estava comprometida e para tal devia ter feito este subir uns metros para se criar algum espaço para os centrais progredirem. A juntar a isto, devia mandar baixar o Óliver para que este facilitasse a construção. Certo ?

    No entanto creio que mesmo que esta ideia seja valida, o NES prefere que a equipa jogue a bola no profundidade para “facilitar” a construção e começar a jogar mais à frente. Vocês têm ideia de porque é que o NES, com tantos bons exemplos de como jogar por dentro em Portugal, continua a fazer este tipo de jogo ?

    • Não sei, Diogo.

      Eu acho que o FC Porto deveria depender muito menos do Óliver para construir. Essa dependência é causada pela falta de dinâmicas que facilitem a ligação com a criação.

    • Caro Diogo

      Não, a opção correcta seria recuar toda a equipa para a bola circular entre os jogadores.

      Se o adversário não sobe, há mais espaços entre linhas, se o adversário sobe a opção do passe longo colocado nas costas da linha defensiva é de considerar.

      Falta André André para jogar entre linhas e André Silva é uma completa nulidade na finalização.

  2. Muito bom artigo. É incrível como entre os 5 e os 8 minutos, há vários lances de bolas longas por parte dos centrais, numa equipa grande, num jogo destes. Naturalmente que se foram adaptando, e a coisa correu melhor, embora tenha havido défice na finalização. O Porto vai dando alguns sinais aqui e ali de que há muita qualidade e equipa para se bater com qualquer uma a nível europeu, mas cai muitas vezes em momentos exibicionais que não se podem admitir num grande. Acho que não é uma equipa consistente o suficiente para ir ganhar 6 pontos ao Benfica, com um jogo na Luz pelo meio.

    • Obrigado, Filipe. É verdade, durante a primeira parte foi recorrente e também intencional.

      Tenho dúvidas que o FC Porto consiga bater-se com as melhores equipas a nível europeu. Acho que irão sofrer bastante quando não tiverem a bola.

      Mas concordo, há muita qualidade no plantel.

      • Sofrer sem bola: Mesmo com Danilo? Porque Oliver é pouco intenso? Lentidão no pós-perda? Demasiados espaços entre e intra-sectores?

        Curiosamente, pelo seu “traço” diria que até seria mais confortável para o NES montar na espera e esticar com espaços. Ao mais alto nível, é claro outra coisa.

  3. Que mudanças consideras que o Porto deveria ter feito para contrariar esta pressão? Ou está ligado com a pouca capacidade de alguns elementos da linha defensiva com a bola nos pés e, sendo assim, é uma maneira eficaz de parar esta equipa?

  4. Parece claramente a fase do jogo em que a equipa é mais fraca. E até gosto bastante do Marcano e tenho gostado muito mais do Felipe. Não percebo de onde vem a insistência no passe longo, ate porque parece me que na maior parte das jogadas há hipóteses de não arriscar. Juro que não sei que mais hei de pensar… como retornar isto e como dar uso a uns 7 jogadores muito muito bons que há no plantel
    Rúben tem que jogar sempre

  5. Outro problema do FCPorto é estar muito dependente do André Silva para marcar golos, quando falha não aparece mais ninguem, como diz hoje Jorge Jesus e muito bem ” Não podemos estar dependentes de um so jogador para marcar golos, as minhas equipas nunca foram assim”

  6. Brilhante Bruno.

    A maneira como o Welthon pressiona os centrais era, a uns anos atras, um comportamento obrigatorio para quem quisesse jogar a avancado numa equipa minha. Absolutamente decisivo, e a mostrar que mesmo a defender, mesmo sem bola, se pode “mandar” naquilo que o adversario faz ou deixa de fazer.

    • Obrigado.

      Verdade, é super importante! Ainda assim, a utilização do GR nesta fase, pode diminuir a eficácia desse comportamento.

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