Ofensivamente um dos jogos mais conseguidos do Benfica na presente temporada.
Passou por jogos em que criou mais. Porque acelerou sempre e individualmente quando algumas das suas individualidades estão confiantes, não há muito como os parar na realidade portuguesa.
Porém, na partida da Taça da Liga, voltou a mostrar uma imensa qualidade de decisões no seu processo ofensivo. Um jogo constante de identificar o contexto, perceber o espaço, procurar as superioridades numéricas de forma pausada para nunca colocar em causa a posse. Depois de espaço e superioridade ganha, o click surgia e os criativos e velozes aceleravam na frente e criavam situações de golo em catadupa. No fundo, pausa, pausa, pausa, e aceleração depois de desequilibrio criado. Tal como deve ser! Ao invés de usar somente a velocidade para forçar o desequilibrio. Critério! Na decisão com bola, mas também sem bola! E tanto do que criou a partir da inteligência da movimentação.
O primeiro golo na cidade berço como que a sumarizar toda a primeira parte encarnada.
Critério, inteligência, qualidade técnica. Aceleração só depois de situação assim o pedir.
O que acharam do João Pedro, do guimarães? Posso estar enganado, mas pareceu-me um jogador muuuito interessante.
Eu tive a sensação contraria… Achei que é muito verdinho ainda.
O jogo de ontem não vi com tanta atenção, mas no jogo, na primeira parte sobretudo, de sabado tinha ficado com a sensação de que o Benfica estava bastante melhor na gestão da posse e na saída de bola pressionada. Só me ficou uma questão, mérito do Benfica ou a pressão alta do Vitória é que não é tão organizada quanto isso?
Abraço
O Rui Vitória entretanto aprendeu “umas coisas” e agora já é bom treinador, independentemente de ter aprendido com ideias de JJ e de outros treinadores?
Rui Vitória conseguiu aproveitar as rotinas de treino que JJ tinha deixado no Benfica, nomeadamente defesa alta a jogar em linha e bolas paradas (praticamente não mudou nada)?
JJ mostrou ser um treinador de topo, ganhando metade dos títulos de campeão no Benfica, mas o que agora está realmente a mostrar é que por mais brilhante que o treinador seja não é suficiente para conseguir que um plantel médio se torne num plantel campeão?
Mais, JJ está a desmentir as suas próprias palavras: as melhores equipas não são as treinadas por si; as melhores equipas são as que têm um plantel realmente bem treinado por um treinador competente e capaz de aprender?
Precisava mais JJ do Benfica ou precisava mais o Benfica de JJ?
Pelo visto, o Benfica consegue continuar a ganhar e a jogar bem sem JJ.
Pelo visto Rui Vitória soube aproveitar e aprender com JJ, acrescentando o seu cunho pessoal, mas sempre com um discurso de união, do “nós”, em substituição ao discurso do “eu, genial treinador, cérebro insubstituível”.
Sem melhores jogadores, o que vai conseguir ganhar JJ no Sporting?
Até que ponto as suas declarações desastrosas no pós-Real Madrid (“As melhores equipas em PT são as treinadas por mim”) contribuiu para o esmorecer da confiança dos jogadores do Sporting, que a partir daí esvaziaram a crença que tinham?
Ter um Gelson não é a mesma coisa que ter Rafa/Carrillo/Salvio/Cervi.
Ter Dost, Ruiz, Castagnos não é a mesma coisa que ter Jonas, Mitroglou, Jimenez, Guedes.
Ter Luisão/Jardel/Lindelof/Lisandro não é a mesma coisa que ter Coates/Douglas/Oliveira/Ruben Semedo.
Ter Nélson Semedo/Almeida/Grimaldo/Eliseu não é a mesma coisa que ter João Pereira, Schelloto, Marvin e companhia.
Ou seja, é MUITO mais fácil fazer um modelo brilhar com jogadores de topo, com alternativas de qualidade.
A bazófia de Jesus está esvaziada. Agora queixa-se que os jogadores ficaram traumatizados com pseudo-penalties de Pizzi e Nelson.
Depois diz que os jogadores ficaram traumatizados com a derrota com o Braga, e por isso ganharam à rasca em Belém no último minuto.
Depois diz que os jogadores ficaram traumatizados com a derrota em Setúbal, num jogo em que poupou Gelson, Adrien, Dost, e que quando os pôs teve um penalty perdoado aos 72”.
Onde está o genial treinador? Perdeu-se na amargura de já não ter os plantéis que tinha? Vai passar o resto do tempo a justificar-se com traumas?
«Ou seja, é MUITO mais fácil fazer um modelo brilhar com jogadores de topo, com alternativas de qualidade.»
Claro que é, mas sem modelo também é muito mais fácil fazer com que bons jogadores pareçam marretas. E isso é tão verdade no Benfica, como na Bundesliga, onde o melhor plantel lidera a tabela, apesar de o treinador líder não ser sequer dos 5 melhores.
Dito isto, então e quem são os bons treinadores da segunda metade da tabela? Ou como não ganham títulos são todos maus com maus plantéis?
O Rui Vitória não é top-5 em Portugal, e o Ancelotti não é top-5 na Alemanha?
Que fartote.
De Rui Vitória não comento porque não me revejo nisso, mas na Bundesliga, ao nível de treinadores: Roger Schmidt, Thomas Tüchel e Julian Nagelsmann estão claramente furos acima no que a “treinadores” diz respeito. Se tirarmos as palas do resultadismo, Dieter Hecking (começou no Wolfs, está no outro Borussia agora) é também ele melhor e já vamos em 4.
Não sigo a carreira do Leipzig, mas é unânime que os bons resultados são uma combinação de bons jogadores com um bom treinador, portanto do que vejo e conheço é aqui que se começa a falar de Ancelotti. E não tenho a certeza se não perde para tipos como o Pal Dardai (Hertha) ou o Martin Schmidt (Mainz).
Isto porque falar da Bundesliga é tão só falar talvez do campeonato mais homogéneo da Europa, quer no campo, quer fora dele.