Fui espreitar o jogo entre o Arouca e o Estoril e acabei por encontrar uma situação de jogo que enfraquece a organização defensiva da equipa visitante.
O Arouca tentou aproveitar, de forma recorrente, a débil ligação existente entre os jogadores do Estoril: João Afonso (central pela esquerda) e Ailton (lateral esquerdo).
O problema é coletivo mas acentua-se do lado esquerdo da defesa.
O Arouca acabaria por chegar ao golo, explorando esse ponto fraco do adversário. “Curiosamente”, o golo aconteceu quando a equipa o fez, a partir do corredor central.
Creio que o ponto fraco é, no entanto, uma consequência de uma má escolha na definição do onze. Mattheus como médio-centro com tantas responsabilidades defensivas é mesmo um primeiro passo para que a dinâmica da equipa ofereça imensos espaços ao adversário. Com Fabiano, o Estoril jogava muito fechado atrás, com Diogo Amado ou Afonso Taira a fazerem, quase, de terceiro central. Cobriam, penso eu, as lacunas que a equipa apresenta no posicionamento entre central e lateral. Se vais deixar um jogador que, em todos os aspetos, é um elemento mais focado no momento ofensivo do jogo, abres a porta para este tipo de erros.
Luís, a mim parece-me um problema que advêm de um comportamento que está definido. Não terá a ver com os jogadores em causa. Mudar os jogadores não solucionaria esta questão.