Não há como negar. Houve um erro estratégico na abordagem encarnada na primeira parte (ler texto anterior que referencia as superioridades numéricas por onde o Dortmund se movia, aqui).
Jogo demasiado fácil para o Dortmund construir, encostou o SL Benfica completamente à sua rectaguarda. Retirou-lhe confiança até para tomar decisões com bola, face ao “atropelo” que se observava no relvado.
Ao intervalo, correcções de Rui Vitória, a encurtarem distâncias. Com a curiosidade do canto do golo, ter nascido precisamente de uma alteração que introduziu no comportamento da sua primeira fase defensiva. Recuperação após pressing de Pizzi sobre o central esquerdo.
Tapado o espaço de progressão aos centrais, aumentou a dificuldade da equipa germânica para chegar às zonas de criação. Dificuldade que havia sido nula ao longo de todo o primeiro tempo.
Na Alemanha terá de ser um Benfica preparado ao “milímetro”. Ter sobrevivido a erros próprios no jogo do Estádio da Luz foi como que uma benção. Na segunda mão, em cima da boa estratégia e da dose de felicidade que sempre será necessária quando o adversário apresenta tal poderio, terá o Benfica de ligar mais saídas com bola! Com coragem para o tentar, desmontando primeiro pressing do Dortmund, haverá espaço na profundidade para fazer golos.
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Tenho uma pergunta a fazer-te. Depende sempre do contexto e dos jogadores. Mas qual achas a melhor solução, jogar com mais uma unidade no meio campo como o Augusto ou com um avançado que vá fazer esse equilíbrio?
Desculpa a pergunta, isto não é preto no branco…
Augusto foi importante trouxe bons equilíbrios ao jogo não só pelo maior numero de jogadores mas pq enquadrou-se bem.
E o cr 7 hoje a jogar para a equipa? Tantos golos deu a marcar
A minha questão é: porque é que não fez isto na primeira parte? O Rafa não compreendeu o que era pedido, ou de facto não lhe foi pedido este tipo de pressão? Com Jonas teria sido assim desde o início?
Lá está, como sempre defendi. Um treinador não deve estar preso ao seu modelo preferido, deve saber adaptar-se ao adversário e/ou ao contexto competitivo. Se tiver que mudar de táctica, muda. Não deixa de ser bom treinador por isso. Aliás, só um bom treinador tem essa capacidade de mudar.
E, voilá, a importância das substituições.
🙂
Acrescentar apenas que Weigl acabou por ter mais intervenções na 2ª parte porque Mitro acabou muitas vezes por não baixar e esteve muito bem o SLB a definir as zonas de pressão (quando bola entrava num central que estivesse num corredor).
http://orgulhosamentelampiao.blogspot.pt/2017/02/resumo-slbenfica-borussia-dortmund.html