Nasce na mente de um grupo de portugueses e cresce na longínqua Ucrânia.
São vinte e sete vitórias em trinta e um jogos de uma equipa que procura voltar a conquistar o seu espaço interno, perdido nas últimas épocas para o rival Dinamo de Kiev.
A ideia ofensiva do Shakhtar de Paulo Fonseca é do mais apaixonante que se pode encontrar por essa Europa fora. Tudo o que deve ser o jogo em organização ofensiva executado pela equipa que lidera a Liga Ucraniana.
Procura incessante, mas pensada e pausada por chegar aos espaços mais prometedores (corredor central, nas costas dos médios adversários). Bola como engodo, a mover oposição. Sempre com o intuito de chegar ao espaço pretendido para ai então acelerar em busca do golo.
O Shakhtar de Paulo Fonseca não se tornou somente uma máquina trituradora de vitórias. É um vendaval de futebol ofensivo. Um avolumar de golos proveniente de uma ideia colectiva criteriosa.
Uma ideia resultadista porque defende com bola. Porque sabe mover-se quando não a tem e porque procura os caminhos que maior sucesso poderão obter, pela primazia pela chegada com bola “redonda” às zonas de criação.
O golo na vitória em Kiev frente ao grande rival, como pequena amostra do que construiu um grupo de portugueses nessa Europa fora.
Espero que regresse ao futebol português e venha para o SL Benfica. Isto apesar de acreditar que se RV sair o próximo será Marco Silva.
É, na vossa opinião, Paulo Fonseca o técnico que mais se aproxima a JJ?
Parabéns e Obrigado. Finalmente que aprendo algo para perceber a táctica quando vejo um jogo e não discussões estéreis sobre arbitragem e clubite.
Qualquer semelhança entre este Shakhtar e o Porto 13/14 é pura coincidência. A jogar e a pensar assim (evoluiu como poucos) PF vai ter sucesso em qualquer lugar. Agora imaginem: Helton, Danilo, Otamendi, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Lucho, Carlos Eduardo, Josué, Jackson, Quintero… Faltava qualidade nas alas mas a ideia era pobre, e há muitos slides (a la Lateral Esquerdo que o comprovam).
Claro que com os anos e a experiência de se treinar em clubes grandes se ganhar outra experiência que antes não deveria ter.
Mas quando o ambiente não é bom por dentro o rendimento da equipa fica sempre afetado, não há volta a dar.
Provavelmente na altura não tinha os jogadores, ou uma parte dos jogadores consigo, também é possível que alguns membros do staff (não me referindo aos adjuntos, mas sim a todo o staff que rodeia a equipa técnica – fisioterapeutas, analistas, roupeiros, psicólogos, etc.) não acreditassem nele… os próprios conflitos que existiram na administração também devem ter feito mossa na equipa… afeta sempre, e o PF sofreu com isso… e claro, teve um dos plantéis mais fracos do Porto nos últimos anos, também ajuda.
Excelente desempenho no campeonato, que é um passeio. Muito bem também na 2ª divisão europeia. Falhou o acesso à Champions em Agosto quando ainda não tinha cozinhado a sua ideia. Não tenho visto com atenção, mas continuo a desconfiar. Mau demais no Porto. Cedo demais lá?! Talvez, mas este salto qualitativo estará a ser bem dimensionado? Para espreitar.
Pareceu-me cedo demais e pouco impositivo. O que me pareceu foi que tentou adaptar-se ao que tinha sido o passado recente da equipa em vez de impôr as suas ideias.
Disse-o aqui que dos que actuavam em Portugal era o meu preferido para o lugar de JJ no Benfica. Estou curioso de ver a campanha na 2ª Divisão Europeia e o que fará para o ano na Champs.
É isso. Champions. O verdadeiro barómetro.
Que golaço.
Boa qualidade de jogo ofensivo, mas convém não esquecer que o adversário neste vídeo estava com um jogador a menos, e isto contra uma equipe que faz boa circulação de bola…o desgaste de bascular horizontalmente para fechar as laterais abre sempre espaços interiores, e neste caso mais ainda!
E aí está. Bastou um Celta e fora. Acontece? Aquele penalty no fim? Sim, mas não deixa de ser curioso.