Quando recebo a bola trato de provocar para dar um passe que seja benéfico ao meu colega. Procuro os 2×1, conduzir. Por exemplo, se percebo que estão a marcar o Xavi, vou provocar o que o marca. Assim o adversário tem de tomar uma decisão. Vem a mim ou fica com ele. Normalmente vem a mim e eu passo ao Xavi, que já tem espaço para enquadrar e levar a bola para a linha seguinte. O objectivo é que chegue em condições ao Messi e ao Iniesta.
Piqué, explicando um pouco da construção “Culé” no “Jogo de Posição”.
A procura do homem livre, expressão muito comum na vizinha Espanha, como a forma mais natural de progredir e iniciar desequílibrios desde o primeiro instante em que se assume a posse. Determinante para que em ataque posicional, perante demasiada oposição, se consiga levar a bola até onde pretendemos.
Aproveitar a habitual superioridade (2×1 ou 3×2) na primeira zona e fase de construção para partindo dessa superioridade numérica ir progredindo, atraindo adversários de outra linhas, libertando colegas mais adiantados.
Provocar e combinar superioridades desde o primeiro momento com bola, não é só a forma mais assertiva de se conseguir chegar com bola em boas condições às linhas mais avançadas, é também a mais fácil! Porque os caminhos que se trilham sempre em superioridade numérica assim o ditam. No fundo, é tudo uma questão de inteligência. Jogar com os espaço, seja atraindo oposição, seja libertando colegas, aumentando tempo para tomar decisões e executar.
Porque todo o jogo começa vezes de mais nas decisões e execução dos jogadores mais recuados, é cada vez mais impensável não “cultivar” a ideia da qualidade técnica e da capacidade para progredir e tomar decisões dos jogadores da defesa. Mesmo ai, o culto do físico / capacidades condicionais a ter de ser visto como um “extra” ao essencial (decisão – capacidade técnica).
Adoro os dois exemplos que rematam o texto, Bonucci e Hummels!
paulo madeira era craque hj (com a ideia certa)
Muito bom!