2ª parte do clássico. Benfica sempre mais equipa. FC Porto no jogo pelo individual.

De um lance com imenso potencial perigoso para sair na transição ofensiva para ataque rápido, um erro técnico incrível (porque demasiado espaço para executar) de Pizzi, a qualidade individual de Brahimi e FC Porto empata a partida.

Pizzi que personifica bastante bem a diferença das principais ligas para a liga portuguesa. Um dos melhores da nossa Liga, capaz de pensar com critério todo o jogar de um grande como o Benfica nos jogos domésticos, a somar demasiados erros técnicos e de execução sempre que a velocidade dos jogos aumenta. Terá perdido mais bolas nos três, quatro jogos mais competitivos (nacionais e internacionais) que em toda uma época.

A segunda parte novamente a trazer uma equipa muito mais bem trabalhada, muito mais forte do ponto de vista colectivo que outra que assenta todas as suas virtudes no que é individual.

Apesar de ter usado mais um médio, porque a dinâmica dos posicionamentos defensivos é bastante reduzida, era o FC Porto quem se expunha aos ataques adversários. Mesmo quando estes se iniciavam no guarda redes, não eram necessários muito passes para que o Benfica ligando o jogo no chão chegasse ao último terço com apenas o quarteto defensivo e Danilo aptos para defender o lance.

Poderia ter criado mais e melhor no último terço a equipa encarnada. Entre demérito em muitas decisões e execuções (Mitroglou apareceu só muito espaçadamente, e Jonas continua longe do que mostrou no passado), e mérito na forma como os cinco mais recuados do FC Porto impuseram as suas características, perdeu o SL Benfica a oportunidade para materializar em pontos a superioridade que demonstrou.

Nota final para os dois guarda redes. Casillas ao nível habitual entre os postes, e Ederson com uma saída aos pés de Soares, de nível mundial, impediram mais golos.

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Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

9 Comentários

  1. Maldini, foste picado pela síndrome anti-Pizzi? 7 passes para golo, record do campeonato. Perda de bola deu golo do Porto? Então, e os ressaltos todos? E a falta que precede o golo? Pizzi é o melhor médio centro português, só não joga na selecção por factores alheios à qualidade dos jogadores.

    E o banho de bola foi tal, como no ano passado, que o Casillas teve de queimar todo o tempo que pôde, sendo, em simultâneo, mal educado para os adeptos benfiquistas.

    Abraço

    Ps. Já não há mais Podcast? E onde anda o resto da malta do LE?

    • O banho de bola foi tal, que, em comparação com o jogo no Dragão, foi um jogo normal. No Dragão sim, levaram um banho de bola, foram massacrados o jogo todo, e o vosso guarda redes até na primeira parte perdia tempo. Nós tentamos jogar, e estivemos por cima desde que sofremos golo até que marcamos.
      Depois, Pizzi melhor médio centro português? Só mesmo na imaginação lampiónica. Um craque tal, que até contra a Suécia, num particular, não lhe cabia um feijão no cú. Até conseguiu a proeza de, sozinho, tentar fazer um passe com o pé direito, dá-lhe com o esquerdo e lança um contra-ataque adversário.

    • Melhor 2.0: “E a falta que procede o golo?” Conseguiste ver a falta na hora? Foi uma coisa claramente evidente em que só não foi assinalada porque o árbitro não quis? Ou é mais um daqueles lances de televisão? Como a falta do Lisandro no golo do Dragão. Alguém a viu em direto? Não, nem ninguém se queixou. Mas depois aparecem os Pedro Guerra’s desta vida e os carneiros seguem-nos todos.

  2. Olá Pedro!
    Antes de mais, parabéns pelo texto com o vídeo a acompanhar. Os leitores agradecem.
    Em relação ao conteúdo, sem querer contradizer (até porque a tua opinião é mais do que avalizada), mas umas das pechas deste Benfica não se prende com a qualidade colectiva? Ou é em comparação com o FC Porto?
    Ao longo da época, em inúmeras análises aqui e ali, Rui Vitória tem sido criticado precisamente pelo défice na organização ofensiva. Mudou alguma coisa (se é que mudou)?
    Porque sempre se tem dito e escrito que o treinador encarnado depende (muito) da inspiração individual no último terço de terreno. Que, por exemplo (uma vez mais a comparação), Jorge Jesus trabalha melhor os posicionamentos embora, porventura, limitando alguma liberdade.
    Portanto, crês que o Benfica está melhor colectivamente com bola ou, ainda, encontra-se muito dependente dos desequilíbrios individuais dos homens da frente?
    Abraço!

    • Este post fala deste jogo apenas. E é comparativo sim. Ja ha mt q na minha opiniao colectivamente o FCP está mts niveis abaixo de mts eq tugas. N só o SLB!

  3. 7 passes para golo do Pizzi…lol…os gajos do Goalpoint estão em alta.

    Pizzi é isto e nada mais. E não é só nos jogos mais competitivos, é em todos. A diferença é a qualidade do adversário que sendo menor não aproveita tamanhas debilidades do Pizzi.

    Mas como o goalpoint lhe dá sempre nota máxima a malta acha que ele é top quando na realidade é pouco mais que banal e uma das principais razões para o SLB ter o tetra tão tremido.

      • Não é nada craque. Não tivesse ele bons jogadores ao lado e as debilidades ainda seriam mais visíveis. Daquilo que depende exclusivamente dele é arrepiante de tão banal. Ali, a 8. O ano passado a médio direito não foi assim, bem pelo contrário, até rendeu bastante mas a 8 é deprimente de tão mau.

        Aqui, contra o fcp, deu mais nas vistas pq até resultou em golo mas são muitas vezes que perde a bola, muitas sem pressão alguma, que permitem jogadas de ataque perigosas do adversário. E nem falo do que não consegue fazer com bola.

        Faz o que pode, sem dúvida, não lhe critico a entrega e empenho. Quem o coloca ali e quem não dá alternativas ao treinador é que tem culpa. Se o treinador acha que ele serve e não pediu alternativas então tem culpa, obviamente.

        • Ainda agora, contra o Estoril, Pizzi faz um passe espatafurdio à entrada da área do SLB que não deu maior perigo pq os gajos do Estoril foram muito toscos. Nos pés dos jogadores do fcp teria sido mel para eles.

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