Comportamentos intersetoriais – Controlo da profundidade

Monaco's French midfielder Tiemoue Bakayoko (L) celebrates with Monaco's Brazilian defender Fabinho after scoring a goal during the French L1 football match between AS Monaco and Lyon at the Louis II Stadium in Monaco on December 18, 2016. / AFP / VALERY HACHE (Photo credit should read VALERY HACHE/AFP/Getty Images)

Quem pretende controlar eficazmente a profundidade e o espaço existente entre a linha defensiva e o guarda-redes não pode ignorar a importância contínua de defender em bloco. Se ao recuo da linha defensiva não se juntar o recuo da linha média, é natural que se abra um espaço importante para os oponentes.

A ação da linha defensiva não é suficiente para controlar a profundidade ofensiva do adversário. É fundamental que os médios entendam a necessidade de interpretar os sinais do portador. Não preparar os apoios para puder baixar rapidamente face ao passe que se antevê longo, pode quebrar a coesão da equipa. Se apenas um setor reage à bola longa, existirão espaços dentro da estrutura que ficarão disponíveis. Quando os defesas retiram profundidade, os médios devem acompanhar o movimento de forma a manter um distanciamento que nunca comprometa a concentração defensiva. É por isto que o treino que visa controlar a profundidade tem de ir para além das propostas setoriais.

Para quem tem tendência a defender com um menor nº de linhas horizontais, como é o caso do Monaco, a situação pode complicar-se. A pressão dos avançados pode atenuar essas dificuldades.

O erro já havia sido identificado antes e voltou a ser visível na meia final da Champions, frente à Juventus.

 

Sobre Bruno Fidalgo 83 artigos
Licenciado em Ciências do Desporto. Criador e autor do blog Código Futebolístico. À função de treinador tem aliado alguns trabalhos como observador.

1 Comentário

  1. com o bonucci fica complicado…nunca sabes se vai jogar longo ou curto…mas claramente um factor que tanto o unay como o alegri usaram.

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