Recortes da recepção do Sporting ao Belenenses.

Sporting's midfielder William Carvalho celebrates after scoring during the Portuguese league football match Sporting CP vs CS Maritimo at the Jose Alvalade stadium in Lisbon on April 9, 2016. / AFP / PATRICIA DE MELO MOREIRA (Photo credit should read PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP/Getty Images)

Dificuldades esperadas pela ausência dos dois jogadores mais capazes nas zonas de criação. E praticamente únicos com capacidade para dar variabilidade ofensiva ao jogo leonino, porque trabalham na ruptura e em apoio. Porque quando simulam receber nas costas baixam linhas adversárias e ganham espaço para receber no pé. Porque conseguem aproveitar desequilíbrios no corredor central para pedir em ruptura.

A ausência de Podence e Gélson já se sabia, poderia trazer o habitual jogo previsível e fácil de anular do Sporting nas zonas de criação. Sobretudo porque teima Jorge Jesus em não usar continuamente Francisco Geraldes, o médio / ala no modelo do treinador do Sporting, capaz de descobrir caminhos quando tudo parece fechado. E já se sabe, com menor criação, menos finalização haverá.

William menos preponderante na ligação ofensiva por dentro. Porque Belenenses fechava com mais um elemento a linha média (1+4), e porque a ausência de quem pudesse com os seus movimentos baixar a linha defensiva azul para ganhar espaço para jogar entre linhas, permitiu sempre conforto aos azuis do restelo no controlo entre sectores. Ainda assim, em pequenos pormenores, a demonstrar que no centro do jogo e na pressão, ser rápido é usar o cérebro para resolver problemas.

E das dificuldades técnicas de Schelotto, no início do golo do Belenenses. O argentino que prima pelas capacidades condicionais, e que tem imensas dificuldades também no perceber das melhores decisões. O lance em que poderia ter decidido diferente, para obter vantagem. Mas, com ele tudo é feito no momento sem pensar no que se passará um segundo mais à frente.

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Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

2 Comentários

  1. Foi gritante a falta de jogo interior do Sporting, obrigando o Sporting a jogar pelas alas (veja-se a quantidade de vezes que o William teve de lateralizar ou colocar o passe longo na ala) e terminar esses ataques em cruzamentos inconsequentes. Nesse aspecto quer o Bryan quer o Bruno César foram duas nulidades. Se houve capacidade de ligar o jogo interior, foi mesmo depois da (muito tardia) entrada do Francisco Geraldes. Ou o JJ tem uma teimosia interior que o impede de ver o evidente (Podence, que teve de esperar por uma lesão do Alan Ruiz, e neste caso Geraldes são um grande upgrade a esta equipa) ou pura e simplesmente não sabe mexer no jogo.
    Castaignos?! Só se foi para ver se ele tinha uma sorte qualquer e apareciam interessados…

  2. Lembro-me de ver o lance do Geraldes e pensar de imediato: “Aposto que no Lateral Esquerdo vão falar deste lance”. he he he !! É que foi uma grande diferença quando ele entrou, no tipo de decisões que se procurava tomar pelo centro.

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