A última cartada para o tetra, a cumprir o imaginado.

No texto que abordava a vitória do Benfica em Vila do Conde foi mencionada a importância da entrada de Raul na equipa encarnada, muito pela imensa dificuldade que o jogo trazia e porque o mexicano defensivamente oferta o que Mitroglou não consegue.

Na crónica semanal do Jornal Record (aqui) apontava Raul com o a última cartada para o tetra encarnado, sobretudo pela capacidade que ganha o Benfica na sua primeira fase defensiva. Quer na pressão, quer no controlo.

E Raúl é incomensuravelmente superior a Mitroglou nos momentos defensivos. Mais disponível consegue impedir que intenções de jogar apoiado quer do Rio Ave, quer do V. Guimarães sintam maiores dificuldades logo na primeira fase defensiva encarnada.

Com o mexicano, ganha o Benfica capacidade para pressionar, ou simplesmente controlar o espaço entre avançados e médios, que Raúl tão bem ocupa.

Pouco passava dos dez minutos no Estádio da Luz, quando depois de mais um movimento defensivo de Raul, contribuindo de sobremaneira para a recuperação alta de Fejsa, o Benfica se adiantaria.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

6 Comentários

  1. Falando de Raul Jimenez, no 2o golo após o livre do Guimarães vê-se o Raul a começar a correr para o ataque e o Rui Vitória a pedir ao Ederson para meter a bola longa.

  2. Mas também perder aquele controlo (se se pode chamar assim) que tinha das bolas do ederson. Como jogadores com características diferentes tem resultados completamente diferentes dentro do mesmo estilo e modelo de jogo. Benfica não mudou nada em termos tácticos, apenas as peças! O resultado evoluiu, nesta altura!

  3. O Jimenez é um jogador subvalorizado pela crítica. Ontem não foi óptimo apenas no momento defensivo, mesmo no ataque e até com bola teve grandes movimentos, tudo lhe saiu bem, tocou, combinou (sempre à procura de ligações!), movimentou assertivamente. Marcou um golaço e não fez mais porque não calhou. Com confiança tem mais coisas para oferecer.

    A sua grande dificuldade é mesmo na decisão e na execução. Mas se tivesse isso tudo não estaria no Benfica.

    Quem não ficará velho no Benfica, a jogar assim, é Cervi. Jogador completo! Talento, conhecimento, capacidade física, criatividade, compromisso.

    Ontem o Benfica fez um grande jogo. Chocolate total. Só equiparável aos tempos do JJ. Porque antes disso, no meu tempo, não me recordo de tanta qualidade.

    • Permite-me discordar. Nunca o Benfica de JJ jogou com tanta qualidade, tão consistente. E isso é o mais dificil, dar consistencia defensiva à qualidade ofensiva.

      • Meu caro, para isso a estatística é boa. Em seis anos de JJ fomos três ou quatro vezes a melhor defesa do campeonato ou pelo menos a menos batida. Se tu queres malhar no JJ só porque sim isso já é um problema teu. Não me metas nesse barulho. Nos tempos do JJ o Benfica deu chocolates à tuga inteira e ainda a boa parte dos clubes da Europa (exceptuando as trutas, claro, mesmo assim algumas também passaram mal). O JJ tem sérios problemas mas a maioria deles não passa pelo trabalho de campo, ainda que ninguém seja perfeito.

        • Mais um cliché, mais um dogma. resolveram dizer que o Jesus era excelente no trabalho de campo e pronto, como se tudo o que um treinador faz não fosse dar ao trabalho de campo. Da mesma maneira que desculpam o Jesus dizendo que falha no resto mas é excelente no trabalho de campo, desvalorizam o Vitoria rotulando-o de bom gestor de homens (para justificar o evidente) e dizem que é mau no campo. Azar do caraças que parece que o Guardiola não viu isso.
          levei 6 anos com o Jesus. Vi todos os jogos do Benfica. nunca conseguiu segurar um jogo sem se pôr todo lá atrás (e so foi com o Sporting e Porto). Bolas nas costas era o prato do dia.
          Tivesse o Carrillo renovado e o João Mário nem calçava, não haveria jogo interior, nada, um pouco à imagem deste ano.

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