A bola tem de ser bem tratada!

O treinador do Desportivo das Aves, Fernando Valente, fotografa com o telemóvel a sua equipa momentos antes do jogo da 1.ª mão do play-off de manutenção na I Liga contra o Paços de Ferreira, em Vila da Aves, 16 de maio de 2014. JOSÉ COELHO/LUSA

…sim, calma, porque eles são nervosos a jogar. Só correm mas a bola tem de ser bem tratada

Há aqui investimento, aposta, há também talento mas há que, com o tempo, modelar um futebol diferente, que não assente na força física

Fernando Valente

Com o crescimento táctico das equipas, a melhor ocupação do espaço defensivo, o nivelar das performances físicas, porque hoje todos treinam as mesmas vezes, emerge a tomada de decisão. Qualidade técnica associada ao pensar e decidir correctamente o caminho a dar a cada bola que toca nas botas.

As palavras de Fernando Valente sobre a realidade chinesa quase poderiam ser copiadas para se referir ao jogar da equipa de Nuno Espírito Santo na presente temporada! E é por acreditarmos demasiado nas ideias que Fernando Valente também passou na sua mais recente entrevista ao Jornal “A Bola”, que o jogar do FC Porto foi por cá tão criticado mesmo em período de vitórias consecutivas.

Hoje o Jornal “O Jogo” trazia uma série de dados estatísticos nada surpreendentes. Nomeadamente o facto de ser a equipa azul e branca a que teve ao longo de toda a liga mais jogadores com mais duelos ganhos. Foi algo que foi sendo passado por cá inúmeras vezes. No FC Porto, individualmente, ainda se foi muitas vezes disfarçando a pobreza de jogo que se trouxe para o Dragão.

Na próxima temporada precisa o FC Porto de resgatar alguém com pensamento igual. Que perceba que não é no nervo, no choque e na correria que se aproxima uma equipa de vencer jogos. Embora, não se deva negligenciar a importância que tem o aumentar da adrenalina antes de cada partida. Todavia, tal tem de ser o extra, numa base que privilegie o jogo! O pensar, a inteligência!

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

6 Comentários

  1. Luis castro deverá ir para o Porto! Aí sim, vão valorizar os jogadores do porto! O Danilo deve ir embora e vão dizer que o Rúben neves e craque!!!!

    • Eu por mim, depois do que fez no Rio Ave, Luis Castro devia ir para a China sem paragem pelo Porto… Imagine-se um tipo que põe a equipa a jogar à bola e ainda tira rendimento de Rúben Neves e Oliver? E o penta pá? =P

  2. Eu não via muitos jogos do Porto, mas não houve (antes da contratação do Soares) vários jogos em que o Porto jogava bastante bem, e “apenas” falhava muitos golos? Não foi a falta de resultados que fez NES apostar no jogo físico, que com os jogadores que o Porto tem, “garante” poucos golos sofridos? Não há alguns paralelos com o que aconteceu há dois anos no Sporting de Marco Silva?

    Pergunto isto, porque apesar de tudo não me parece que NES seja tão mau treinador quanto estes últimos meses fizeram parecer. Diria mesmo que na condução de homens é bastante bom pois vemos os jogadores do Porto, alguns com grande capacidade técnica, lutarem e esfarraparem-se num jogo de choque.

    • Existiram de factos jogos relativamente bem conseguidos do Porto a meio da primeira metade da época, mas diria que foi mais apesar do Nes do que pelo NES.

      Foi numa altura, na maioria estamos a falar de jogos em casa, em que ele apostou num 4-4-2 com Jota e André Silva na frente e um meio campo com Danilo, Oliver, Brahimi e Corona. As dinâmicas da equipa eram na mesma muito más, quer em organização defensiva, quer ofensiva. Havia mais alguma coragem a pressionar apenas. As boas exibições deveram-se à qualidaade indiviudal dos jogadores, nada mais.

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