Na final da Taça do Rei, o Alavés foi sempre uma equipa que promoveu muita concentração de jogadores atrás da linha da bola, sempre muita gente muito junta.
Por melhor que sejam as individualidades, é sempre preciso muita inteligência para que mais do que aproveitar potenciais deslizes do adversário, proporcioná-los. Fazê-los acontecer.
O Barcelona adiantou-se num golo genial do mais encantador jogador do futebol mundial. Contudo, não se pode ignorar o que ficou para trás. Praticamente pela primeira vez no jogo, houve espaço para criar. Praticamente pela primeira vez nessa partida, a linha média do Alavés desconjuntou-se.
Porque a inteligência suprema de Iniesta nunca faz nada por fazer. Não solta por soltar. Não conduz por conduzir. Numa qualquer bancada em tantas ligas mundiais, o burburinho faria sentir-se se Iniesta demorasse o que demorou a tocar atrás. Todavia, se o fez, tal foi para proporcionar melhores condições aos seus colegas.
De uma decisão simples, que segura a bola, traz para fora do lance o médio adversário e só solta após este morder (mais segundos demorará a restabelecer posicionamento), se inicia o que o génio de Messi conclui.
Excelente post!
Porque a decisão foi de génio se o Espaço Livre aproveitado pelo Messi já existia no momento (13seg) em que o Busquets e o Lateral Direito podiam ter recebido e desequilibrado desde logo, com a tal oposição já fora da zona central?