“Real começa a divertir-se”

A expressão é do comentador e expressa a superioridade da equipa madrilena ao longo da segunda parte, depois de um primeiro período bem diferente.

Em Cardiff mais uma goleada da equipa mais encantadora do momento. Encantadora por protagonizar aquilo que mais importa quando se quer chegar aos triunfos. Não é bonito porque há ligações atrás de ligações, porque monopoliza a bola e promove a inteligência. É bonito porque esse é o tipo de jogo que aproxima do sucesso. As inúmeras linhas de passe. O verdadeiro futebol resultadista! E não aquele que espera a sorte! Um modelo que pensa em como enquadrar cada individualidade e promove o potenciar de cada uma delas. O triunvirato de Isco (que jogo inacreditável!), Kroos e Modric, no corredor central, com a presença de um quarto elemento nas costas (Casemiro), o aproveitar da capacidade para dar largura e profundidade nos corredores laterais de Marcelo e Carvajal (Ronaldo e Benzema também por lá surgem, mas geralmente em transição ofensiva). Benzema sempre a mover-se para ligar ofensivamente a equipa. Incrível como se mostra e como define na fase de criação, e o português, cada vez mais ciente do que poderá dar! Muito mais inteligente não procurando acções que o promovam mais ele mesmo sendo menos importante para a equipa (somente pós jogo resolvido piorou o seu perfil de decisões na final.

Precisamos de um tipo como Ronaldo.

Jogámos muito bem nas meias e hoje, mas precisas de um tipo que marque os golos e ele voltou a fazê-lo

Kroos

Real Madrid na segunda parte sempre com gente próxima. Com tal nível de qualidade técnica e de decisões, muito raramente perde a bola. Quando a perde? Equipa próxima para a recuperar.

A segunda parte de Cardiff voltou a trazer o Real Madrid que tem sido por cá abordado nos tempos mais recentes. Uma versão cuja qualidade mais do que nunca justifica todos os troféus almejados. E se são três conquistas internacionais só na presente época, é uma das poucas vitórias na Liga doméstica, na era de Messi que faz perceber o impacto que os merengues de Zidane tiveram em 2017.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

3 Comentários

  1. Grande comentário… acho que ainda faltaria mais um pouco… mas imaginar Busquets na vez do Casemiro e o Messi nesta equipa…. Minha mãe do céu !!!!

  2. A grande mudança na segunda parte, a meu ver, foi a deslocação do Kroos mais para o centro. Fez ele de Verrati por troca com o Casemiro e o futebol do Real perfumou-se.

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