Parece inacreditável mas acontece.
A grande área surge para tantos jogadores quase como um microclima onde decisões e competências se alteram.
Há quem perca competência. Ou por dificuldades a finalizar, ou somente porque pisar tal espaço retira qualidade nas decisões. Estar tão perto da meta leva a que muitos procurem mais a sorte que a inteligência. “Vou meter tenso, pode bater em alguém”; “Aqui há que rematar ou cruzar e rápido!”.
Mas também há aquele tipo de jogador que mostra carências em fases, e em gestos aparentemente mais fáceis por beneficiarem de maior espaço e tempo, e que depois se transformam para melhor no espaço da grande área adversária.
Raul Jiménez do Benfica é um deles. “Tem deste tipo de subtilezas” afirmava o comentador após mais uma finalização de classe do Mexicano. Incrível como se transforma para melhor quando pisa a grande área adversária o avançado. Do jogador menos apto tecnicamente e menos capaz de decidir rápido e assertivamente, passa para alguém com mil formas de chegar ao objectivo final. E não se deixe iludir pela enorme perdida na final da Taça. Raul na área é quase um caso de estudo pela sua eficácia, e pela confiança com que decide terminar os lances. Uma confiança para fazer diferente e melhor, pouco habitual em quem noutros espaços sente as dificuldades que são bem perceptíveis.
penso que se o Raul ficar no Benfica a próxima época será a de afirmação, aliás a época agora terminada não fossem as lesões e penso que o Raul teria feito uma época soberba, muitos criticos apontam-lhe a falta de golo, mas na minha opinião ele não será claro está jogador para marcar 50 golos por época, mas será sempre um jogador para marcar golos importantes, e esses jogadores são fundamentais a uma equipa.
Se o Porto não o deixa escapar a história recente do clube podia ser bem diferente.
Deve ter sido a primeira vez que vi Pinto da Costa vir publicamente dizer que estava interessado num jogador antes de o negócio estar fechado.
Soberba?