Sporting 2017 / 2018. Parte III.II.

Sporting soccer player Daniel Podense (R) fights for the ball with Boavista soccer player Anderson Carvalho (L) during their Portuguese League Cup soccer match held at Alvalade XXI stadium in Lisbon, Portugal, 14 January 2015.MIGUEL A. LOPES/LUSA

Os alas ofensivos.

Dúvidas sobre a permanência de Gelson, quando se fala também no reforço da posição. Muitas opções talentosas mas ainda com pouca experiência competitiva. Também Mattheus Oliveira e Francisco Geraldes, abordados na parte III.I poderão ser opções para a posição, pese embora não se afigure como provável que venham a ter muito espaço.

Gelson Martins. Era uma questão de jogos até dar o salto qualitativo que se percebia ir dar. Tornou-se num dos extremos com maior cotação a nível Europeu, pela forma incrível como desmonta opositores sem nunca perder a posse. O rei das assistências em Portugal, foi também o jogador que mais problemas criou nas estruturas adversárias. Um verdadeiro talento à solta, que a qualquer momento pode criar um golo. Pela sua qualidade está mais do que na hora de sair, embora o seu preço seja tão elevado que poderá causar dúvidas a potenciais compradores. Ficando, será a figura maior do Sporting, e candidato a figura da Liga.

Matheus Pereira. Muito forte tecnicamente, com grande qualidade para jogar em espaços curtos e descobrir alternativas que poucos conseguem ver. Sem uma série consecutiva de jogos que lhe permita aumentar confiança, até pelo crescimento que sentirá do seu espaço no grupo, continuará com rendimento intermitente. Não é um jogador veloz, como tanto idealiza Jorge Jesus, mas João Mário também não o era. Potencial para fazer a diferença, assim seja aposta. Poderá sair para rodar.

Bruno César. Muita qualidade no passe e percepção sobre o que o seu treinador pretende do seu modelo, permitem-lhe ser alternativa para vários espaços. Não é o extremo desequilibrador em drible, que tantas vezes a vertigem do modelo de Jesus pretende, mas é um jogador que bem fisicamente e confiante, liga com qualidade o jogo e ainda aparece a finalizar com mestria. Será sempre uma opção importante, mesmo que tenha de sair do banco.

Podence. Com o regresso de lesão de Alan Ruiz e a contratação de Doumbia, deverá voltar ao corredor lateral o incrível talento leonino. Está hoje no ponto em que Gelson estava antes de ter continuidade de minutos num clube da dimensão do Sporting. Bastará uma temporada completa a jogar num contexto elevado para tal como o seu colega chegar lá acima. Muita capacidade para desequilibrar, visão de jogo, qualidade no entendimento e velocidade de execução, seja para enquadrar ou driblar, Podence traz uma variabilidade ao jogo ofensivo que causa mossa nos adversários. Se Gelson partir, aumentará o seu espaço e torna-se candidato a revelação da época.

Iuri Medeiros. Todos quanto os que privam / privaram no campo de jogo / treinos com Iuri sabem que não é por falta de talento que o jovem ainda não cimentou o seu espaço no plantel do Sporting. A sua qualidade é indiscutível, bem como a criatividade e capacidade técnica. Um potencial imenso para ligar ofensivamente a equipa seja por dentro ou por fora. Se resolver problemas e tornar-se mais perseverante, mais focado, mais responsável e com maior atitude competitiva, tudo o que precisará será de oportunidades para mostrar que o seu talento é imenso.

Bryan Ruiz. Em final de contrato, deverá o Sporting procurar um encaixe financeiro para rentabilizar o investimento. Muita classe e inteligência na forma como define e liga o jogo. Ficando, é sempre uma opção muito forte para qualquer posição ofensiva. Desde que combinada com variabilidade de outros jogadores mais adiantados, Bryan joga e faz jogar. Assim esteja focado.

Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

1 Comentário

  1. o bryan sofreu no ano passado com coisas que lhe eram externas. trocar joao mario por gelson e slimani por dost, tirou muita disponibilidade defensiva a linha adiantada. o gelson nao e por que nao corra, é porque joga muito mais no risco que jogava o joao mario; o dost pelas caracteristicas nao consegue pressionar os defesas como fazia o slimani. e isso colocou a nu as dificuldades do bryan a nivel defensivo, tirando-lhe a energia e disponibilidade para se concentrar em manter o alto nivel naquilo que sempre foi o seu forte.

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