Benfica muda o sistema com João Carvalho. Benfica vs Betis no Algarve.

Saiu Jonas entrou João Carvalho, o Benfica mudou porque agora joga com três médios

Enquanto o jogo ia decorrendo já com o talentoso médio em campo, era este o comentário que se ouvia.

Porém, o Benfica não mudou um milímetro tacticamente. João Carvalho ocupou precisamente os mesmos espaços do colega que substituiu, e o Benfica manteve-se em 442. Independentemente de jogadores diferentes trazerem sempre coisas diferentes, quando os espaços que se ocupam são exactamente os mesmos, não se passa de dois avançados para um. Porque ser avançado ou médio está relacionado com o espaço que se está a pisar e não com a posição onde se jogou antes.

Talvez um dia um guarda redes suplente seja chamado a jogo para a posição de avançado, e tenhamos que ouvir que agora aquela equipa joga com dois guarda redes…

Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

7 Comentários

  1. Por alguma razão desconhecida, os entendidos acreditam piamente que desde que chegou ao SLB, Rui Vitória tem um grande plano para trazer de volta o 4-3-3. Ainda me lembro quando Jonas “não cabia no sistema de Rui Vitória”. Este ano, aproveitando a chegada de Krovinovic e o regresso do Carvalho, a saga continua. A verdade é que com Jonas ou sem Jonas, o SLB de Rui Vitória só muito pontualmente abdicou do 4-4-2.

  2. Na minha opinião o benfica tinha muito a ganhar em começar a trabalhar um sitema alternativo de 41221. Saía o Cervi e entrava o João ou o Krovi. O Grimaldo com liberdade e o Andre mais comedido. Jonas, Salvio ou Zivko e um ponta.

    • Jogavam com o Pizzi e o Krovi na mesma linha de construção, quando necessário, atrás do Jonas e do Salvio à direita, noutra linha, com o ponta à frente. Facilmente adoptava as duas linhas defensivas de 4 com o recuo do Salvio, ou mesmo do Jonas, ou um 4141 ou o 54. O Grimaldo juntava-se à construção e dava largura, recuando o Fejas um bocadinho. Aproveitaria o terreno livre que o Krovi deixaria muitas vezes. O Salvio abre do outro lado.O krovi, o pizzi e o jonas assegurariam o jogo interior, isto em ataque continuado. Tambem ganharia profundidade, na minha opinião. Libertaria o Jonas para zonas de finalização e outras e colocaria mais gente ao meio para os apoios.Com o Salvio ou o Rafa na direita… e ganha em largura, imprevisibilidade e profundidade pois conseguiria fazer mais facilmente o 2 contra 2 ou 3×3..
      O Cervi tambem o poderá fazer mas não me parece tão paciente para a circulação de bola.

  3. Quando vejo estes comentários lembro-me sempre de um jornalista inglês que dizia “442? 433? 451? Só conheço o 1-1-1-1-1-1-1-1-1-1-1 da selecção do Brasil a entrar para dentro de campo de mãos dadas!”

  4. Artigo super pertinente. Um adepto mais atento ao futebol, entende que este está cheio de gente que usa e abusa de chavões sem sequer entender o que realmente se está a passar e o porquê disso.

    Sobre a entrada do João Carvalho para a posição de segundo avançado, teria preferido que essa posição tivesse sido ocupada ou por Diogo Gonçalves ou por Rafa. Em ambos os casos, gostaria de ver o Carvalho como falso extremo esquerdo.

    Houve dois contra-ataques pela esquerda, após a entrada de Carvalho e do Gonçalves que não foram nada bem aproveitados e talvez por culpa dos intervenientes nesses lances estarem trocados. Por exemplo, se o Carvalho tivesse conduzido a bola em vez do Gonçalves, o critério e a tomada de decisão teria sido melhor. Por outro lado, com o Gonçalves no lugar do Carvalho lá na frente, a desmarcação e criação de espaço teria sido muito melhor.

  5. Os nossos comentários pelo burgo da TV portuguesa são de bradar aos céus, sendo que os piores são os o canal supostamente especializado.
    Mas não me parece ser inadvertido – tal como o jornalismo que chama audiência não é o bom jornalismo, também o comentário que a malta gosta é aquele de conclusões fáceis, preto no branco, e resultadista até ao absurdo.

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