Diferenças a definir. Criar golos ou perder oportunidades. Pizzi e Salvio.

FUTEBOL- durante o jogo da Super Taca Candido Oliveira, SL Benfica - Vitoria Guimaraes realizado no Estadio Municipal de Aveiro. Sabado, 05 de Agosto de 2017. ASF /HELENA VALENTE SL BENFICA - VITORIA DE GUIMARAES

Poucas vezes se dá verdadeira importância ao mais importante. Porque bem feito, chega a ter uma visibilidade redutora. Parece pouco, parece simples. Porém, o pouco e o simples é demasiadas vezes o que traz o golo.

Saber definir, saber tomar decisões, perceber timings e enquadrar a resolução técnica adequada será sempre o que diferencia os melhores, que são os jogadores que aproximam a equipa da vitória a cada acção, dos restantes, que mesmo podendo ser úteis em muitos momentos, que mesmo que bem integrados numa ideia colectiva sejam importantes, nunca serão quem “carrega” a equipa para as vitórias. Vitórias que são sempre assentes num conjunto de boas tomadas de decisão de alguns elementos.

O passe de Pizzi para o primeiro golo não é nada de especial, afirma-se. E não será, de facto. Todavia, é o que diferencia um grande definidor de outro alguém com muito menos capacidade para aproximar a sua equipa do golo.

Se houver oportunidade para que aconteça, com Pizzi acontecerá. Com Salvio, nunca se sabe.

É simples e aparentemente fácil tomar boas decisões. Mas não é para todos.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

4 Comentários

  1. Bem apanhado, mais uma vez. Fiz exatamente a mesma comparação quando vi o lance do Salvio, comparei logo com este do Pizzi. No entanto, a desmarcação do Seferovic, de dentro para fora, deve ter colocado dúvidas no Salvio, que resolveu não soltar, deixou o defesa aproximar e, só aí, soltou a bola, o que penso que não foi mal pensado. O Seferovic, na minha opinião, não se desmarcou na direção adequada, nem saiu rápido do fora de jogo quando o Salvio ficou com a bola. O que é desculpável, até porque já se percebeu que o suíço se desmarca habitualmente muito bem. O Salvio não é um exemplo de um grande definidor, mas o movimento conjugado de ambos e dos defesas não permitiu melhor definição, na minha opinião. Mas concordo com a premissa, em absoluto, definir bem não é para todos, e há momentos bem mais flagrantes em que isso se aplica ao Salvio!! Mas a forma como aparece em posição de finalizar por 2-3 vezes com as suas desmarcações, e a forma como ultrapassa adversários em espaços curtos, vão mantendo o Salvio na equipa. Se fizer uma época à imagem do que fez contra o Arsenal na Emirates ou ontem, será uma época bastante positiva do Salvio.

  2. Se em vez do Sálvio fosse qualquer um dos outros extremos do Benfica, creio que o passe teria saído no momento certo… E é muito por isto que se critica o Sálvio, pela fraca capacidade para decidir bem e no momento certo. Não havia razão para ter seguido o lance individual, no entanto a decisão dele foi essa e perdeu-se um lance de grande perigo.

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