Num dos últimos textos falava-se do porquê de Toni Kroos sempre à esquerda na saída a três. O facto de ser dextro permite-lhe quando a melhor decisão é variar o centro de jogo até ao corredor oposto, fazê-lo sem tanta dificuldade, porque o arco que descreve a bola fica mais facilitado para chegar ao destino, sendo um pé direito a variar.
Na nossa passagem pelo futebol feminino, todos sabiam o quão forte era a equipa a variar o jogo para o corredor direito, e ao mesmo tempo a dificuldade que sentíamos quando se pretendia inverter o sentido. De tal forma que só com a chegada de um elemento capaz de usar também o pé esquerdo com qualidade, se conseguiu aumentar a competência no comportamento táctico que pretendíamos.
Mesmo a um nível totalmente diferente, tudo importa, e o pé dominante dos jogadores faz diferença em cada abordagem.
Não somente na forma como se modela um jogar, mas também quando se tenta perceber e adivinhar para se poder responder, ao que está a acontecer.
O golo que abriu o activo na partida disputada no San Paolo, tem muito da competência da equipa italiana, uma das mais fortes a explorar a profundidade, com constantes movimentos sempre feitos quando se activam referências, mas também muito de uma má decisão do guarda redes. Com bola no corredor lateral esquerdo e pé direito o dominante, nunca poderia o guarda redes precipitar-se da forma como o fez. Lance não revelador de um infortúnio, mas sobretudo de uma má preparação ou conhecimento do jogo.
Claro que depois também há quem tenha o poder de contrariar fórmulas tidas como certas na maior parte das vezes, recorrendo a gestos de dificuldade muito maior, como a “trivela”. São é muito poucos, e também devem ser estudados antes de cada partida para que não possam surpreender.
Maldini, já se apercebeu que este vídeo tem 23 segundos de a análise e os restantes minuto e 40 segundos de gravação do q eu só posso imaginar ser o seu ambiente de trabalho, no qual se pode ver a fazer apostas? ? um abraço