[multilanguage_switcher]Os resultados do Brasil com Tite ao leme têm sido extraordinários. A equipa brasileira “modernizou-se” defensivamente, e hoje adopta um método zonal, obriga a que os jogadores se movam de forma coordenada, envolve todos no processo defensivo, protege espaço central à frente dos defesas a cada instante, e comporta-se com uma equipa.
A tragédia do Mineiraço abriu a mente do país do futebol para a europeização no processo e nos métodos defensivos, e muita da boa performance da equipa de Tite tem por base tal evolução.
Todavia, muito há para crescer ofensivamente. A actual selecção brasileira é um deserto de ideias no seu processo atacante. Os quatro defesas ficam demasiado baixos, laterais sem largura máxima, e os elementos mais recuados são insípidos na construção. Não progridem, não ligam. Por demasiado baixos, e sem progressão, obrigam médios e extremos a vir pegar no jogo também muito baixos, ainda no meio campo ofensivo, e com toda a oposição atrás da linha da bola. As consequências para o jogar atacante são claras, uma equipa que se encolhe e que dá pouquíssimas opções à frente da linha da bola e no meio campo ofensivo, para que se ligue o jogo.
O desaproveitamento de Neymar é óbvio. Naturalmente, que com tamanha qualidade, mesmo quando baixa demasiado para ser ele a iniciar o processo ofensivo, para ser ele a construir, o camisola dez da canarinha, consegue descobrir caminhos e provocar desequilibrios. Mas, que rendimento poderia ter Neymar, e quão poderia aproximar mais a sua selecção da vitória, se houvesse quem fizesse a bola chegar mais adiante? Que impacto poderia ter no jogo se em vez de receber no meio campo defensivo contra dez, e apenas com três ou quatro à frente para ligar, recebesse mais adiantado, mais perto da baliza adversária, contra menos opositores, porque médios ou defesas progrediram e ligaram com ele eliminando previamente adversários, e com mais colegas próximos para combinar?
Se tantas vezes sozinho ou com poucos, contra muitos, cria… quão mais poderia dar numa organização ofensiva competente?
O ataque posicional da selecção brasileira continua a fazer recordar tempos idos, em que cada jogador tinha funções diferentes. Defesas são para defender, avançados para atacar. Na actualidade, é nos mais recuados que se começa a desenhar cada lance de ataque, e partir o bloco em dois não só impede uma construção inteligente, como torna inviável recuperar a bola em espaços mais elevados, porque quando por lá se perde a bola, não há presença para a recuperar rapidamente.
Serão indicações do seleccionador?
Como se sentem os jogadores que percebem o jogo ?? Especialmente os laterais? Médio centro que não baixa para construir, et?? O neymar??
Eles sabem mais que isto, certo?
Vão ganhando não interessa… Mas os jogadores devem se sentir horríveis…
A jogar assim no Mundial as dificuldades vão ser imensas
E o empate da Argentina de Sampaoli contra a Venezuela?
Não pareciam estar a melhorar?
Algo correu mal certamente.
Tens de parar de fazer vídeos de Portugal…
Um abraço
Maldini, este e’ um excelente exemplo para o post relativo aos treinadores portugueses vs os outros.
Brasil esta’ destacado em primeiro e ja qualificado (melhor ataque, melhor defesa, apenas 1 derrota, 10 pontos de avanco sobre o segundo) e ainda assim apresentam esta miseria. Pq? Muito talento no campo, APESAR do pouco talento no banco …
O Chile sofre no pos-Sampaoli, a Argentina joga sobre brasas devido ao risco em que se encontra e ja vi o Uruguai melhor que hoje… Assim, alguem tem de ganhar, nao ganha o melhor, ganha o menos mau (neste caso, o mais estavel).
Ah, e concordo parcialmente com o Decio. Tambem diria que no Mundial irao sofrer (os mesmos problemas de 2014 continuam, apesar de, a meu ver, haver mais qualidade individual) e apanham esta Espanha, esta Alemanha, ate a Franca ou Italia … O concordo parcialmente advem de ser apenas um jogo a eliminar e ai tudo pode acontecer.
Tudo bem que não é o futebol que se defende aqui, e não é o mais atrativo, mas torna se quase impossivel marcar golos em transição ao Brasil.
Numa competição como o mundial, em q as organizações ofensivas não sao tao trabalhadas, e com as individualidades do Brasil, acho q esta é a maneira de aproximar a canarinha do titulo. (Mourinho style)
E a insistência do selecionador brasileiro em deixar Ederson no banco? Será que nem a ida deste para o City será suficiente para ser titular na seleção canarinha?