William e Bruno Fernandes, contra a desinspiração.

Num jogo extremamente complicado, pela competência da equipa de Santa Maria da Feira, dois elementos leoninos a emergirem de todos os restantes.

William e Bruno Fernandes, dão uma consistência e qualidade em regularidade como poucos outros na Liga portuguesa.

No texto recente do Maldini abordaram-se os condimentos para uma boa performance individual. Tem tudo a ver com qualidade de decisão e capacidade técnica para executar o que se decide. Jogadores cujo centro do seu jogar sejam as capacidades condicionais, terão sempre uns jogos muito bons e outros maus, porque dependem mais da inspiração, da condição física e da confiança do momento para terem performances elevadas.

De Bruno e William espera-se nível elevado em todos os jogos, em todas as acções. Por vezes podem parecer mais distantes do jogo ou com menos bola, mas tal não lhes pode ser imputado. Será apenas a equipa que não consegue criar condições para os ter no jogo. Todavia, porque ocupam o corredor central, acabam sempre por aparecer, e com a sua qualidade de decisões, sempre a um nível elevado.

Vêem todo o jogo, temporizam ou aceleram em passe quando há espaço, e ligam sempre com qualidade o jogo, seja em que condições for, mesmo que o espaço pareça demasiado curto para se ser bem sucedido.

No lado oposto, o génio de Tiago Silva. Já há muito referenciado no Lateral Esquerdo como um dos mais promissores da Liga. Enquanto houve condição física, uma lição de decidir e provocar desequilíbrios de forma inteligente. E Etebo, com um perfil de decisões bastante diferente do que caracteriza aqueles que não conseguem jogar mal, mas tecnicamente e fisicamente o suficientemente competente para ter destaque na Liga portuguesa. E são apenas 21 anos.

Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

1 Comentário

  1. Isto foi um bocado na onda do jogo do Benfica, sem laterais com algum critério a coisa fica muito difícil.

    Felizmente ainda temos uns centrais que sabem fazer alguma coisa com a bola.

    Continuo a achar que a equipa deveria jogar com os externos trocados, obrigar o gelson e o acuna a vir para dentro, mas com Jonathan e Battaglia a lateral… Não fica fácil.

    Um abraço,

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