Azpilicueta e Rüdiger, os homens da organização ofensiva “blue”.

[multilanguage_switcher]Salvo raras excepções, todas as equipas que ocupam a parte superior da tabela classificativa nos seus campeonatos, são equipas que passam muito tempo em ataque posicional. Ou seja, passam mais tempo envolvidos em tarefas ofensivas do que defensivas. E isto mesmo quando são equipas que priorizam o seu momento de transição como o de maior investimento para se chegar ao golo.

Mais tempo com bola que o adversário envolve sempre passar por vários períodos em organização ofensiva, isto é, contra um adversário geralmente com todos atrás da linha da bola, quando se está no início do processo ofensivo. O que significa que os jogadores que mais tempo e mais vezes tocam a bola, são os mais recuados. É a eles que cabe o início de cada ataque.

Antonio Conte, ciente da cada vez maior importância de começar desde o primeiro momento a provocar adversários, para facilitar condições a quem recebe mais adiantado, a trabalhar para uma saída a três, onde os centrais de cada um dos lados (Azpilicueta à direita, e Rüdiger à esquerda), assumem sempre protagonismo. Nunca soltam por soltar, mas antes progridem sempre metros quando há espaço livre, concentram em si os olhares de adversários e fixam opositor, para libertar colegas. Primeiro passe para o meio campo ofensivo, geralmente já para provocar desconforto no adversário. A forma alternada como Azpilicueta e Rüdiger progridem no terreno, é a primeira fonte de desequilíbrios nas estruturas adversárias, e é o que permite a Fabregas, Pedro e Morata receberem perante menos oposição e portanto com maiores probabilidades de criarem ou finalizarem.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

3 Comentários

  1. E assim se empurra o adversário para trás, que quando recuperar a bola tem que percorrer mais metros para chegar à nossa baliza!

    E ainda aproveitam para sacar uns belos cruzamentos de zonas mais recuadas, belo golo.

  2. Uma coisa que não dizes é que é a assimetria da tática do Chelsea que proporciona estes cenários. O facto de jogar com um lateral adaptado a central leva a que a equipa tenha esta facilidade e o que se vê no vídeo é Rudiger a esticar até onde dá depois de David Luiz começar por fixar, roda para quem está no meio que depois abre rápido no Azpi que depois pode abrir no ala Moses, progredir, cruzar, meter passe entrelinhas ou em alguém no meio. É o primeiro 10 da equipa. Conhecendo o Conte isto deve ser treinado tal e qual e até à exaustão.

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