Um jogo que servia, praticamente, para que as duas equipas cumprissem calendário, como atestaram as escolhas iniciais de ambos os treinadores, perdeu mais algum fator de interesse depois do golo de Tiago Tomás, ainda cedo na partida.
Com as duas equipas a proporem-se a procurar a bola e jogar, o campeão nacional foi fazendo, desde cedo, a diferença pela forma mais efetiva como pressionava, tanto em transição defensiva como ao condicionar o início de construção do Penafiel.
Foram inúmeras as ocasiões em que os leões recuperaram a posse ainda no meio-campo ofensivo mas a qualidade da execução de Tabata e Tiago Tomás é consideravelmente menor, sendo comparada ao trio da frente habitualmente titular.
Por outro lado, Gonçalo Esteves mostra, a cada aparição na equipa principal do emblema, verde-e-branco, o porquê de lhe ser prognosticado um futuro radioso. O jovem lateral junta conforto com bola, tanto em posse como em progressão, uma exímia habilidade motora para enfrentar oposição e sair da pressão, conseguindo, sem dificuldade encontrar os colegas para ligar, seja na profundidade ou por dentro.
Amorim lançou Pedro Gonçalves na segunda parte com o intuito de o testar no corredor central, no trio da frente, aproveitando a sua veia goleadora e um bloco adversário cada vez mais exposto e que ia deixando espaço entre linhas onde Pote poderia baixar para ligar por dentro o jogo dos leões ou receber enquadrado.
Mas o decorrer dos minutos, a falta de competitividade do encontro e a expulsão de Tabata foram fatores que acabaram por descaracterizar, ainda mais, um jogo que já nascera com poucas expectativas.
HOMEM DO JOGO
Ao longo dos sessenta minutos que esteve em campo, Ugarte trouxe a Rúben Amorim aquilo que o treinador mais gosta naquela posição. O uruguaio não tem a exuberância de Palhinha, mas é igualmente forte na reação à perda, entendendo muito bem os espaços e temings de pressão. Mais uma vez, a dizer ao seu treinador que pode dormir tranquilo não tendo Palhinha.
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