MAIS
Nuno Gomes
Por não ter potenciado as suas capacidades físicas, por não ser um finalizador de excelência e quem sabe, por ser português, Nuno Gomes nunca conseguiu reunir consenso sobre a sua qualidade. Com Quique Flores como treinador, por ser um jogador (e o espanhol não se cansa de o afirmar) extremamente inteligente, e apesar da forte concorrência interna, começou a época somando muitos minutos de jogo. Nuno, sempre teve a capacidade de perceber mais rápido que os seus colegas, o que se espera de si. Com o adiantar da época, e com a evolução táctica dos seus colegas, Nuno Gomes foi perdendo espaço e jogando cada vez menos.
Na semana em que parece acertar a renovação de contrato, o capitão do SL Benfica volta aos golos e com grande espirito de sacrificio, termina o jogo como médio esquerdo. Só alguém com a sua percepção sobre o que é o jogo, conseguiria actuar um bom período da 2nda parte, numa equipa reduzida a 10 elementos, numa posição diferente da habitual e com tarefas defensivas nunca por si experimentadas. A um bom nível.
MENOS
José Mota
José Mota é o treinador da moda. A excelente época (até à data) do seu Leixões assim o dita. Contudo, pertence a uma espécie de treinadores portugueses, com conhecimentos e ideias bastante limitadas. Ainda que não o saiba. A sua postura deselegante, na partida do Estádio da Luz, própria de “novo-rico”, não engana. Para proveito próprio, seria importante que Mota percebesse as suas limitações, que procurasse evoluír em todos os aspectos e acima de tudo, que entendesse que a fama, para quem a obtém por acaso, bem pode, ser passageira…
MAIS OU MENOS
Liga Sagres
A Liga Sagres não tem a qualidade, nem intensidade de outras ligas europeias. O pouco interessante clássico do fim de semana, bem poderá personificar o campeonato que temos. Porém, ao contrário de épocas passadas, a emoção promete perdurar até Maio. E a três.
Salutar, também, o regresso de Carvalhal. Contribuirá, inequivocamente, para o incremento de qualidade no futebol português.
Concordo quase a 100% com todas as linhas.
Apenas em relação a José Mota, me parece que é um dos treinadores médios da nossa liga. Nem mais, nem menos.
Mas pelo que tem feito, merece andar na principal divisão.
Parabéns.
Não acho que José Mota tenha tido um comportamento deselegante na Luz. Ele limitou-se a protestar com o seu jogador por ter atirado a bola para fora num caso sem justificação. Perante a desaprovação de Quique Flores, ele limitou-se a reagir. Deselegante foi o comportamento do jogador Katsouranis, que se deitou para o chão e que todos perceberam que era para queimar tempo (há uma imagem televisiva em que se percebe claramente isto). Fazer anti-jogo é que é deselegante e um desrespeito por quem gosta de futebol e paga um preço elevado para ver espertinhos a simular lesões em vez de jogarem futebol.
Muito bom artigo. Concordo 100%.
O termo “novo-rico” aplicado ao José Mota é muito feliz.
Eu adicionaria que está acometido de uma “mourinhite aguda”, mas quando voltar para o seu lugar isso passa-lhe.
Não vou defender o Katsouranis na atitude. É reprovável. Como é reprovável a hipocrisia e a (falsa) indignação do José Mota. Nunca um jogador das suas equipas fez tamanha desfaçatez, claro.
Eu até simpatizava com o Sr. mas parece que a humildade só existe quando não se está em bicos de pés.