Javi Garcia e Jorge Jesus.

white corner field line on artificial green grass of soccer field

“Há muito tempo que não via um treinador parar e falar tanto tempo com os jogadores, explicando-lhes os movimentos, explicando-lhes o que têm de fazer em campo. Já aprendi bastante, até parece mentira. Está a notar-se muito a mão do mister”.

Pese embora toda a cortesia, por certo, presente nas palavras de Javi Garcia, nada surpreende (somente, a revelação de que nos clubes espanhois, dos quais fez parte, não há/houve um trabalho, do ponto de vista colectivo, efectivo).

Bem antes de chegar ao SL Benfica, já aqui havia sido referido. Em termos tácticos, as equipas de Jorge Jesus são extremamente bem organizadas. Dentro do campo, não se apresentam numa espécie de cada jogador por si (apanágio de uma larga maioria de equipas portuguesas), onde a figura central é, unicamente, o portador da bola (enquanto os restantes 10, aguardam que este invente algo). Todos os jogadores são formatados, num modelo de jogo, onde percebem e sabem que opções podem e devem tomar (sejam com ou sem bola). Que espaços devem ser ocupados, e em que determinados momentos fazê-lo.

Jorge Jesus, garantiu, recentemente, apenas ter havido tempo para trabalhar o processo defensivo. A excelente ligação, já existente, entre o quarteto defensivo e Javi Garcia (que tem sido o elemento que garante o equilíbrio defensivo) tem garantido, desde cedo, uma boa coesão defensiva (que dependerá sempre, também, da capacidade dos interiores re-ocuparem o seu espaço, com celeridade).

P.S. – Se Jorge Jesus não tem sido, propriamente, uma surpresa (“Aprendi a defender, com Jorge Jesus” Hugo Leal.), Javi tem impressionado. Parece reúnir todas as boas qualidades, aqui apreciadas, de Yebda, e denota ser mais rápido, não só a decidir, como a executar.

P.S. II – Sabia que na época transacta, o Sp. Braga, sofreu menos onze(!?!?) golos que o SL Benfica, na Liga Sagres?

P.S. III – Sabia que na época transacta, o Sp. Braga, mesmo tendo realizado mais 8 jogos europeus que o SL Benfica, sofreu menos 5 golos que a equipa de Lisboa?

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

4 Comentários

  1. O problema maior do Benfica tem sido a incapacidade que os laterais tem evidenciado de impedir cruzamentos para a área. Até ver, os centrais do Benfica andam aos papéis a cada cruzamento. A rever por Jesus. Se já trabalhou os processos defensivos, tem de os trabalhar melhor. E depois vem a capacidade de gerir os ritmos de jogo. Este Benfica parece que está sempre a altas rotações. A série só se podem fazer 3 substituições. Se estoiram em campo Aimar, Saviola, Di Maria e mais outro?

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