O jogo do Algarve tornou-se bastante parecido com o do Estádio da Luz (Ainda que com intervenientes diferentes. Relembre que na Liga, O Benfica terminou com um meio campo formado por Luis Filipe, Menezes e Weldon). Mais uma vez, a chave da partida passou pelo bloquear das saídas para o ataque do FC Porto.
Quando pressionados, nenhum dos jogadores da defesa e do meio campo do FC Porto demonstra ter capacidade para sair para o ataque de forma jogável (leia-se por futebol apoiado e curto). Para Jorge Jesus foi bastante fácil encurtar o campo de jogo ao adversário. Defesa próxima da linha do meio campo, e contenção ao adversário, logo na imediação da sua grande área.
Sem capacidade para sair a jogar com a bola no chão (e como o FC Porto o tentou fazer, sempre sem sucesso, na segunda parte), o FC Porto ficou, demasiadas vezes confinado à opção pelo jogo directo. Foi precisamente aí que Jesualdo falhou na preparação do clássico.
A procura, através de futebol directo, do seu avançado Falcão sempre posicioando no corredor central, foi um erro. Ao contrário de Lisandro, o colombiano que até é terrívelmente eficaz na grande área, não tem capacidade para segurar a bola, perante a presença de adversários como Luisão, David Luiz e Airton. Incapaz de prender a sua posse, por breves segundos que fosse, o FC Porto jamais teve tempo para subir uns metros no relvado. Não foi de estranhar que a segunda parte, e ainda que em desvantagem, tenha trazido um FC Porto a jogar sempre no seu meio campo defensivo. Asfixiado.
Se tivesse previsto a mais que óbvia pressão encarnada, Jesualdo deveria ter preparado o jogo directo, na direcção do corredor lateral, onde Falcão poderia aparecer a disputar os lances no jogo aéreo os lances com Maxi ou Fábio (Como saiu o Marselha de Deschamps da pressão, no Estádio da Luz?). Para além do incrementar das possibilidades de segurar durante mais tempo a bola, havia sempre a possibilidade de a bola transpor a linha lateral. Independentemente de quem sairia a jogar por lançamento, seria possível à equipa de Jesualdo subir uns metros no relvado. Obrigando o SL Benfica a jogar um pouco mais atrás.
P.S. – Rúben Amorim tem mais que qualidade para estar presente no Mundial. E não é só como defesa direito. Se Raúl Meireles lá estará e previsivelmente como titular…
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