Atribuir toda a responsabilidade ao sector defensivo pelos golos sofridos é ver apenas a árvore esquecendo a floresta. Se é certo que em todos os golos se verificaram falhas de posicionamento (jogadores demasiado afastados entre si, ou uns mais à frente do que outros), é vital perceber a forma como se chegou a tal situação. O erro mais premente em todas essas situações é a ausência de contenção (pressão mais ou menos activa sobre o portador da bola). Foi a má ocupação do espaço e o incumprimento dos princípios defensivos por parte dos centro campistas que possibilitou os lances que culminaram em golo.
Dar a entender que Quaresma é inconsequente, somente porque errou um passe de trivela é um absurdo. Ricardo Quaresma tem vários defeitos. O principal é a forma como nem sempre decide de forma assertiva. Preocupando-se vezes de mais com o seu êxito, ou apenas não compreendendo o que de melhor deve ser feito em prol do colectivo a todo o instante. Porém, inconsequente é que o cigano não é. A quantidade quase infindável de assistências e golos justificam-no.
Afirmar que Fábio Coentrão está apagado, apenas porque este por ser mais inteligente do que a maioria, tem capacidade para jogar a dois toques, preferindo sempre a circulação de bola, em detrimento das correrias loucas com a mesma, é parvoíce.
Notas soltas:
Abdicar de Quaresma em detrimento de Varela (Oh Deus, como é possível ser-se tão incompetente) é apenas mais uma lamentável Queirozisse. Como é que Portugal (salvo seja) deixou um talento destes fora do Mundial?
Fábio Coentrão cresce imenso com a ausência de Cristiano Ronaldo. A parecer que não, isto de respeitar tabelinhas e até passar a bola de vez em quando aos colegas, dá sempre jeito. Não é certo que com o segundo melhor jogador do mundo em campo, Portugal tivesse almejado tantos golos.
Quando Ronaldo voltar, seria interessante não abdicar de jogar com Nani e Quaresma.
Nem 10 mil pessoas em Guimarães. Parece óbvio que enquanto o mui estimado seleccionador nacional se mantiver no cargo, a paixão tenderá a desvanecer. Começar a correr atrás do prejuízo logo desde o primeiro jogo é apenas o habitual.
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