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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

5 Comentários

  1. Não fora a maior disponibilidade, a maior capacidade de arranque, a maior velocidade e a maior dinâmica que emprega ao jogo e ele faria lembrar em muito coisa o Pedro Barbosa.

    Mas não é. Faz lembrar mas não é.
    Apesar de ter mais tudo isso, não é.

    Mas faz lembrar. E isto serve para dizer que há não muitos anos atrás era normal para o Sporting ter jogadores deste tipo. Hoje não é. "Elegância" assenta muito bem ao chileno porque tem muita técnica, segurança, e isso representa categoria. Pena é ser o único, a par do Postiga, sendo que no Postiga a técnica individual que possui é posta ao serviço do jogo e da equipa menos vezes, especialmente quando tem de passar o jogo enfiado entre os centrais contrários. Mas quando sai dessas zonas ela lá aparece.

    Pedro Barbosa, Sá Pinto, João Pinto, Hugo Viana e Carlos Martins.
    Para trás destes, Edmilson (muito pouco tempo de Sporting), Assis (muito pouca utilização), Carlos Xavier (menos sobre aquilo que se fala, mas que tinha o suficiente para se poder qualificar como um jogador desta espécie) ou claro, Balakov.

  2. Portanto ficou só mesmo o Moutinho, quando o Moutinho sozinho, por si, nunca poderia dar ao Sporting o que dava um Carlos Martins ou um Pedro Barbosa porque embora seja um jogador mais completo não tem essa tal categoria, elegância, esse tipo de técnica-pura (existe no léxico futebolístico a expressão, PB? "técnica-pura", se calhar não existe mas percebes o que quero dizer).

    Hoje, 0. Não há nada.
    Há Valdés, Postiga muito raramente.
    Vukcevic em sub-rendimento há 3 anos quando tem tudo para ser dos melhores jogadores em Portugal e quem sabe até algo mais, e nada existe.
    O espectro Pedro Barbosa durou 10 épocas inteiras. Sem o espectro, o universo entrou em colapso, porque desperdiçou-se Viana, Carlos Martins, e porque o Matías não tem nem a segurança nem a categoria, embora possua a técnica. É um jogador muito nervoso.
    O Sporting sem este tipo de qualidades é aquilo que muitas equipas são: banal.
    Não há milagres.

  3. Agora em traços largos a coisa faz-se assim. Esqueçamos todos aqueles que estão para trás do Pedro Barbosa:
    Entre 1996 e 2005 o Sporting teve sempre um jogador destes, Pedro Barbosa justamente. E isto para uma equipa de futebol é um atributo imenso, porque jogadores destes não abundam.
    Entre 1996 e 2003 houve em 3 ou 4 épocas (contando já com a ausência por Espanha e regresso em 2000):
    Barbosa e Sá Pinto, 2.
    Em 2 épocas:
    Barbosa, João Pinto e Sá Pinto, 3.
    Em 1 época (Boloni):
    Barbosa, João Pinto, Sá Pinto e Hugo Viana, 4.
    Ainda em 1 época (F. Santos):
    Barbosa, Sá Pinto e Rochemback, 3.

    Depois houve durante 1 época uma conjuntura verdadeiramente assombrosa:
    Barbosa, Hugo Viana, Sá Pinto, Rochemback, Carlos Martins e João Moutinho, 6. Seis PB, quantas equipas da Europa podiam gabar-se deste tipo de fartura para este tipo de jogadores? Muito poucas, e a ida a uma final europeia teve muito que ver com isto.

    Fim de 2005: Barbosa sai. Hugo Viana volta a sair. Rochemback sai.
    Fica ainda Sá Pinto, Carlos Martins e João Moutinho, sendo que a influência do João Moutinho nisto que se fala é menor, comparativamente aos outros.
    A partir de 2007/08: fica só mesmo o João Moutinho, sendo que o Paulo Bento prescinde completamente do Carlos Martins e os absurdos dirigentes do Sporting não fazem um esforço para fazer regressar o Hugo Viana e dão aval à "dispensa" do hoje jogador do SLB para Huelva.
    2008/09 com o regresso de Rochemback podia ser que algo fosse compensado mas nunca se revelou o mesmo jogador de 2003, 2004 e 2005.

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