Como Villas Boas contornou a pressão que as equipas de Jorge Jesus sempre fazem

white corner field line on artificial green grass of soccer field

Depois de um Sporting – SL Benfica, extremamente mal preparado do ponto de vista estratégico por Paulo Sérgio, afirmámos que parecia quase inconcebível o Sporting não se ter mostrado preparado tacticamente para a pressão que já se sabe, o SL Benfica sempre faz.

No jogo que consagrou o FC Porto como campeão nacional, André Villas Boas foi mais longe e mostrou toda a sua astúcia.
Preparou o tal passe longo na direcção do corredor lateral onde estava Hulk ou Varela, mas antes, fez sempre a bola entrar no lateral do lado oposto. No fundo, Fucile ou Alvaro Pereira “chamavam” a equipa do SL Benfica e através de um passe longo na direcção do extremo do lado oposto, tiravam a bola da zona de maior concentração de jogadores benfiquistas. Uma opção francamente melhor que sair pelo pontapé de baliza do guarda redes. Isto porque, os laterais recebem a bola uns bons metros mais à frente que a marca da pequena área onde é cobrado o pontapé de baliza, podendo dessa forma fazer a bola chegar mais longe. A qualidade de passe dos laterais será também, um factor importante a ter em conta, quando comparada com a do guarda redes.
P.S. – O jogo da taça promete inovações. Jorge Jesus também gosta de trabalhar na vertente estratégica. Se na ocupação do espaço, seguramente que teremos um Benfica mais equilibrado no corredor central, resta perceber quais serão as diferenças na dinâmica encarnada para mais um confronto de elevado nível táctico.
Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

8 Comentários

  1. O Benfica perdeu, também devido à ausência de maxi pereira. Maxi pereira, na minha opinião é um jogador fantástico. Mas a principal razão foi a necessidade do jj ter de utilizar o airton a lateral direito. Javi garcia era o único jogador de "combate" no meio campo do benfica. Para este jogo com o porto era importante ter um meio campo de força.

  2. O problema do Benfica quando joga com o Porto, é que os nossos pontos fracos encaixam que nem uma luva nos pontos fortes deles… Meio Campo…

    Este Jogo teria de ser sido ganho mais com o coração do que com a cabeça… porque atendendo ás opções disponíveis, a verdade é que o onze apresentado foi o possível…
    Acrescentando-se a um meio campo deficitário a aus~encia de um utilissímo Maxi…

    No jogo da taça, com o resultado a nosso favor, a táctica da primeira mão chega e sobra…

    Como diz o Jasus, basta apostarmos no contra golpe…

    Pablito Santos Aimar

  3. Fiquei com uma dúvida.Os laterais tem maior qualidade de passe a longa distância do que os guarda redes?!….ou com laterais com boa qualidade de passe para longas distancias….

  4. Olá espectacular blogue , apreciei mesmo muito, penso que poderiamos fcar amigos de blog 🙂 lol!
    Aparte de brincadeiras o meu nome é César, e assim como tu publico na internet se bem que o tema da minha página é muito diferente do teu….
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    Apreciei imenso aquilo vi escrito!

  5. Óbviamente que muitas são as variáveis influenciadoras em exibições e resultados.Nos 4 jogos entre SLB e FCP existiu algo que foi comum a todas as derrotas: a não presença dos seus blocos defensivos habituais. Vejamos: 1º-FCP 2-SLB-0 (Amorim,Luisão,D.Luiz,Peixoto); 2º.FCP 5-SLB 0(Maxi,Luisão,Sidnei,D.Luiz) ; 3º-FCP 0-SLB 2 (Sapunaru,Maicon,Rolando,Sereno);4º- SLB 1-FCP 2(Airton,Luisão,Sidnei,Coentrão). Coincidência apenas ? Não creio. Recordem as respectivas perfomances, e verão quanto influenciadoras foram na má qualidade do jogar colectivo.PEDRO

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