“Tem técnica para arriscar mais. Devia ser mais egoísta.” António Pereira, Correio da Manhã.
Poucos conhecerão realmente as capacidades de Nolito. O conhecimento que tenho do ex culé não difere da generalidade dos que assistem a jogos de futebol. Do espanhol vi apenas noventa minutos. Quarenta e cinco dos quais, frente a um grupo de amadores.
A primeira impressão foi positiva. Sentimento partilhado por todos quanto os que tiveram a possibilidade de ver as habilidades de Nolito. Parece impossível garantir que a primeira impressão será efectivamente real, tão pouco se teremos Nolito a ser bem sucedido.
Todavia, se há algo que ficou na retina, e se confirmado com mais minutos e mais jogos de observação, me levará a garantir o selo de qualidade de Nolito, é precisamente a capacidade que demonstrou, para mesmo sendo exímio em situações de 1×1, não fazer delas a sua única arma. Se algo impressionou, principalmente por inesperado, foi a aparente boa capacidade de decisão de Nolito. A forma como procurou sempre conduzir a bola somente na direcção do corredor central, como quando longe dos colegas, temporizou esperando pelo apoio, como procurou inúmeras vezes a tabela com o colega avançado, e como raramente forçou a solução individual.
Seria importante vê-lo integrado no onze principal, para poder confirmar a tendência. Até por temer que Nolito mude o seu jogar, na procura de maior reconhecimento público. Que como sabemos, chegará com os dribles, mesmo que se revelem inconsequentes, como quase sempre acontece quando se defrontam equipas bem dispostas em campo, e capazes de garantir situações de cobertura defensiva, tornando sempre os lances em Nolito contra dois.
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