Ao contrário da derrota averbada pelo Sporting, que serviu para demonstrar que há, ainda, um caminho longuíssimo a percorrer, o FC Porto tem ilações bem positivas a retirar da partida com o Lyon.
A capacidade de pressionar o adversário é sublime. E mesmo uma equipa recheada de grandes jogadores como os franceses, não se mostrou capaz de sair para o ataque por mais de uma mão cheia de vezes. O pressing portista é interessantíssimo, porque à semelhança do que se faz, por exemplo na catalunha, não deixa nunca a equipa desposicionada em campo.
Muito bom, em organização ofensiva o trabalho dos médios interiores, ora a baixarem, ora a subirem colocando-se entre sectores do adversário, sempre com o intuito de receber a bola. E claro, como de costume extraordinário o FC Porto na transição ofensiva. Sempre que é capaz de em três, quatro segundos, após a recuperação da bola, fazê-la chegar a Hulk, há lance de perigo iminente. Os próprios cantos contra o FC Porto, revelam-se momentos óptimos para colocar em sentido o adversário. Bater um canto para o raio de acção de Helton, é uma péssima decisão.
Foi bastante impressionante a exibição dos azuis e brancos. Parte, claramente, bem à frente da concorrência.
Destaques individuais.
Hulk. Villas Boas, e agora Vitor Pereira, tornaram Hulk, uma espécie de Cristiano Ronaldo dos tempos do United. Corredor lateral contrário ao pé dominante. Mais que preocupar-se em cumprir um papel específico do ponto de vista defensivo, ao brasileiro cabe ser a referência para a recuperação da posse da bola. É dos melhores jogadores do futebol mundial a jogar em 3×4 em meio campo, que é precisamente a maior parte das situações que o FC Porto encontra quando sai com assertividade para o contra-ataque. Na segunda parte revelou, porém, alguns vícios antigos. Não tem, obviamente a mesma preponderância nos momentos de organização, e precisa de continuar a evoluír para que em determinados momentos não assuma o jogo sozinho.
Kléber. Excelente no lance do golo, a demonstrar versatilidade. A opção por jogar simples e rápido em quem está de frente para o jogo, não demonstra incapacidade para outros comportamentos, como provou. Mas, sim, inteligência. Se Falcao partir, será uma das grandes figuras da Liga.
Rúben Micael, João Moutinho e Beluschi. Excelente tecnicamente os baixinhos. Correm kms, recebem e passam bem. Estão sempre disponíveis. São o motor do FC Porto.
Deixe uma resposta