Um guarda redes enorme, um defesa direito muito culto, um central de classe, um avançado a fazer lembrar os grandes nomes italianos ou alemães, um pequeno talentoso, e mais um lote de jogadores disponíveis para abdicar do prazer de jogar futebol, fizeram por merecer o apuramento para a semi final do torneio.
E para já, esse é o grande mérito do seu treinador. Mesmo tratando-se de uma competição muito importante, não deve ser nada fácil convencer um grupo de jogadores de vinte anos de idade (nem todos, claro) a abdicarem de ter prazer no que fazem, em nome de uma causa maior. Supõe-se que será mais ou menos assim que a equipa técnica os convence. Há que louvar o espírito de sacrifício, a disponibilidade e entrega de todos. A emocionante festa no final do jogo, é justificada por valores tão nobres quanto os que os portugueses põem no seu jogo.
P.S.- A História confirma-nos que antes, já uma equipa que abdicou de tudo o que o futebol é, concentrando-se somente em defender e rezar pela sorte nas bolas paradas, ou pelo génio individual de um dos poucos autorizados a transpor a linha de meio campo, logrou atingir o ceptro. Foi em 2004 que pela última vez a sorte bafejou quem abdica de jogar, como todos tão bem sabemos.
P.S. II- Porque será que começo a ter a sensação de que os admiradores de Ilídio nunca o foram de Scolari? E porque não? Questiono.
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