A concorrência interna poderá não lhe permitir confirmar o mérito. Que não se duvide, porém, da qualidade do argentino.
Enzo era provavelmente o melhor jogador da Liga argentina. E tem lá tudo. Excelente capacidade técnica, velocidade, quer a deslocar-se, quer a executar com a bola no pé, cultura táctica e uma agressividade tão própria nos argentinos que lhes permite demasiadas vezes serem jogadores de alto rendimento.
Desde cedo que foi aqui comparado a Simão Sabrosa. Os minutos que o temos visto na Liga nacional são inconclusivos na procura de saber se tal faz ou não sentido. A comparação pretende prender-se essencialmente em características tão próximas de um e outro, como a regularidade, a capacidade para decidir bem, bem visível no facto de tendo sempre uma postura bastante ofensiva, que lhes permite criar desequilíbrios com facilidade, raramente perderem uma bola, mas também, naquela ausência de génio, que ainda que tenha coarctado uma carreira num clube europeu de topo, não impediu Simão de ser dos melhores das últimas décadas no Benfica.
Enzo parece garantia de rendimento. E dificilmente deixará Portugal sem confirmar o enorme jogador que é. Mesmo que tenha de ser mais tarde que o expectável.
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