“Há um aspeto que também me parece fundamental, que é: os clubes grandes em Portugal são grandes. E os jogadores, apesar de jogarem a um nível de qualidade eventualmente mais baixo do que nos grandes campeonatos, vivem o dia a dia dos grandes clubes. “…podem sentir um bocadinho a diferença ao nível desportivo, mas não sentem absolutamente nada ao nível da pressão de jogar num grande clube, da responsabilidade de jogar num grande clube, da responsabilidade de jogar para uma massa adepta exigente, da responsabilidade de viver com uma imprensa que é critica, que é exigente”.
“Para o Fábio, sair do Benfica e chegar ao Real Madrid, por exemplo, não é uma diferença significativa, o jogador não sente grandes diferenças na sua vida e no seu trabalho diário”
“Se FC Porto e Benfica tivessem uma necessidade gritante de fazer dinheiro, faziam, pois ambos têm jogadores que podem ser comprados”.
“Se não os vendem é porque não querem, se não os vendem é porque pensam que ganhar também aumenta o valor de mercado dos seus activos e porque acham que ganhar é fundamental na história, no equilíbrio, no dia a dia dos clubes e dos adeptos”,
“há três, quatro, cinco jogadores por ali que, com crescimento sustentado em vitórias, em títulos, que projetam os jogadores para outras dimensões, valem muito. Iturbe, James, Witsel…”
“Pode-se ter o dinheiro no banco e pode-se ter o dinheiro no campo e, se calhar, eles têm pouco dinheiro no banco, mas têm bastante dinheiro no campo. Por isso, acho que é mais dramática a situação e a vida de clubes de menor expressão e também de menores receitas, do que propriamente a vida dos clubes grandes, que acabam sempre, com mais ou menos dificuldades, por encontrar soluções”. José Mourinho.
A percepção, correcta, de que ainda que se produzam cada vez menos talentos em Portugal, a liga não tem perdido qualidade. Bem pelo contrário. A quantidade de jogadores com qualidade e reconhecimento (pelas internacionalizações em selecções de topo, ou prémios individuais ganhos) que chegou na presente época a Portugal, não tem paralelo com nenhum outro ano. E se José Mourinho citou três exemplos claros de jogadores que muito dificilmente deixarão de jogar em equipas mais aptas e Ligas mais competitivas, outros há, com potencial para também lá chegar.
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