São inúmeros os jogadores credenciados que chegaram esta temporada a Portugal. Garay, pelo seu percurso, é talvez o de maior estatuto. Não necessariamente o melhor reforço, obviamente.
Jesus afirmou desde bem cedo que o argentino traria qualidade ao processo ofensivo do Benfica. As suas declarações fazem todo o sentido, e comprovam que no jogo actual, todos devem ser importantes em todos os momentos.
Garay destaca-se da generalidade dos defesas centrais, precisamente pela excelente capacidade técnica. Com a bola nos pés, é um jogador de categoria. Tem uma precisão de passe fantástica, e não se coíbe de ter a bola no pé quando é necessário sair para o ataque.
É um jogador com imensa força, e ainda que tenha sido batido inacreditavelmente por Edgar do Vitória de Guimarães, num dos golos sofridos pelo Benfica na Liga, é imponente no jogo aéreo. Veloz o quanto baste, e ágil tem nos seus traços individuais características interessantíssimas. Tem, todavia, que melhorar e bastante, o entrosamento táctico com Luisão e restantes colegas de sector. Demasiadas vezes parece preso a referências individuais, ao contrário do que pretende Jesus. Posicionalmente nem sempre reage de acordo com os princípios colectivos da equipa. Quando sair à bola? Para onde se dirigir quando um colega de sector sai à bola?
Jogador com um potencial individual incrível, tem porém, algumas lacunas no que de mais importante tem o jogo. A boa noticia é que o que faz menos bem, é passível de ser alterado pelo treino, e pode estar relacionado com o ainda pouco tempo que leva a jogar ao lado de Luisão.
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