Esta deve ser a primeira pergunta que se deve colocar, quando se pretende definir o método defensivo.
Se não há certo ou errado, garantidamente que há melhor e pior.
Afinal devemos defender o quê? A melhor resposta é seguramente, a que afirmar que se deve defender a baliza. Não o adversário. A baliza. O posicionamento defensivo que se centra no tapar o caminho para a sua baliza, é francamente melhor que aquele que pretende defender os adversários.
O exemplo do Benfica. Uma equipa que defende a sua baliza. A linha de quatro bem alinhada, o trinco à frente desta linha, e o interior posicionado do lado da bola.
O exemplo do Otelul. Repare no comportamento dos defesas centrais. Autênticos homem sombra de Cardozo e Saviola. Repare no espaço em que Bruno César recebe a bola. Mesmo na zona central da baliza, na entrada da área. E os defesas centrais? Pois. O treinador do Otelul lamentará o descuido que o seu lateral direito teve, permitindo que Bruno César mais rápido, chegasse primeiro. Se fosse o SL Benfica a consentir tal golo, é certo que Jesus responsabilizaria os centrais por estarem desalinhados e longe da zona à frente da baliza.
Conceitos diferentes. Um dos principais indicadores da evolução do jogo, é precisamente a forma como na actualidade as melhores equipas defendem. Os olhos nunca estão centrados no adversário. É o espaço, a bola e os colegas que definem o posicionamento.
P.S. – Segunda parte magnífica de Bruno César. A sua capacidade de definição dos lances, mesmo que no último terço do campo é algo que está ao alcance de muito poucos. Pela sua velocidade de execução, de passada, pela sua inteligência e técnica, é certo que marcará o futebol português. Mesmo que não no imediato.
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