Foi uma enorme sensação quando chegou a Portugal. De desconhecido a melhor lateral da Liga foi um ápice.
Posicionamento, agressividade, concentração, técnica e rendimento nos dois corredores. Aos vinte e dois, vinte e três anos, parecia certo que o seu futuro passaria por ligas mais competitivas. As propostas chegaram, diz-se. Todavia, Fucile nunca partiu.
Ainda que seja um exercício meramente especulativo, e porque há claramente um antes e um depois no rendimento do uruguaio em Portugal, até que ponto permanecer em Portugal não o tornou menos ambicioso, audaz e competente?
O Fucile determinado e determinante das primeiras épocas, que teve possibilidades de sair por somas avultadas, deu lugar a um jogador desconcentrado, que soma erros infantis (o número de expulsões que soma é absolutamente invulgar num clube como o FC Porto), e que chegou mesmo a perder o lugar para Sapunaru. Um colega cujo potencial é infinitamente inferior ao seu.
A justificação para a sua quebra parece estar mais na cabeça que nos pés. Se há problemas, há que os resolver. Aos vinte e seis anos, não é tarde.
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